De olho no mercado
Mercado Mundial – Dois dias depois que o Federal Reserve disse que seria necessária uma nova deterioração no cenário econômico para justificar outros cortes nas taxas de juros, a Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dirá ao mundo como o mercado de trabalho dos EUA se saiu em outubro. Os futuros dos EUA devem abrir com uma recuperação apoiados nas notícias do PMI chinês, embora haja pouca chance de novas tentativas de recorde antes do relatório das folhas de pagamento. Às 7h30, os contratos futuros da Dow subiam 53 pontos, ou 0,2%, enquanto o S&P 500 Futuros também subia 0,2% e os futuros da Nasdq 100 subiam 0,3%. Durante noite, as ações europeias também foram apoiadas pelas notícias chinesas, embora os mercados asiáticos sejam um grupo mais misto, já que a maioria dos PMIs da região não foi tão longe quanto o Caixin.
As fábricas do setor privado da China aceleraram o ritmo em outubro, com a demanda interna e externa aumentando significativamente, de acordo com uma pesquisa da empresa de pesquisa IHS Markit e Caixin. O índice industrial de gerentes de compras subiu para 51,7, de 51,4 em setembro. Isso indica a taxa de expansão mais rápida desde outubro de 2017 e desafiou as expectativas de outra queda relacionada à guerra comercial.
É novembro e o Reino Unido ainda está na União Europeia, apesar da aposta do primeiro-ministro Boris Johnson de “Fazer ou morrer” para cumprir o prazo de 31 de outubro, já adiado duas vezes. A libra teve seu valor mais alto em mais de uma semana em relação ao dólar, mas os analistas vêem o lado positivo daqui como limitado, dada a perspectiva de pelo menos mais dois meses de incerteza.
Mercado Brasileiro – A Arábia Saudita anunciou que investirá US$ 10 bilhões no Brasil, o equivalente a cerca de R$ 40 bilhões. O valor foi recebido com entusiasmo pelo governo federal e considerado o melhor resultado do giro do presidente Jair Bolsonaro (PSL) pela Ásia e pelo Oriente Médio. Os recursos são significativos para o Brasil, cujo economia ainda patina, mas pequenos se comparados com outros investimentos anunciados pela Arábia Saudita — uma das maiores potências do mundo árabe, que tenta colocar em prática um ambicioso plano para diversificar sua riqueza e diminuir a dependência do petróleo.
Executivos dos maiores bancos do Brasil foram unânimes em aplaudir a aprovação da tão esperada reforma da Previdência— e já deixaram claro qual eles acham que deve ser a próxima prioridade do governo.
Com o principal item de sua lista de desejos para a economia cumprido após anos de discussões, banqueiros de instituições como Itaú Unibanco e BTG Pactual agora se empenham na defesa da reforma administrativa, que visa reduzir os custos do funcionalismo público brasileiro, com mudanças nas políticas de remuneração, métricas de produtividade e demissão, entre outras.