O presidente Donald Trump anunciou ontem a imposição de novas tarifas de 10% sobre USD 300 bilhões em produtos da China. Segundo ele, esta medida entrará em vigor em 01 de setembro e incidirá sobre outros produtos que ainda não haviam sido alvo. E no twitter ele falou: “nós pensamos que faríamos um acordo com a China há três meses mas, infelizmente, a China decidiu renegociar o acordo antes de assiná-lo”.
Bom, isto foi o suficiente para o real fechar em alta de 0,75%, em R$ 3,847. Na máxima do dia chegou a bater nos R$ 3,86. A bolsa estava operando em alta de mais de 2% e fechou perto da estabilidade (102.126 pontos). E vejam abaixo a alta do dólar frente às outras moedas emergentes (ontem às 17hr daqui):
Ou seja, o efeito da medida de Trump foi devastador e todos correram pro mesmo lado, ou seja, pro dólar.
E este sentimento predomina nos mercados agora pela manhã (e fechamento na Ásia). O clima é de total aversão ao risco (RISK OFF) com as bolsas asiáticas fechando com fortes baixas (>3%) e as europeias operando no vermelho. Ontem o petróleo chegou a cair 7%, mas hoje se recupera um pouco.
Vocês acham que a história termina por aqui? Pois a China promete contra-atacar para se defender. Estamos em um ambiente de constante tensão. Essa guerra comercial não tem data para terminar. Em outra esfera mas seguindo no mesmo tema, hoje o Japão tirou a Coréia do Sul de uma lista de países com status comercial preferencial.
Hoje é dia de Payroll (relatório do mercado de trabalho), um importante indicador sobre as futuras decisões quanto à taxa de juros nos EUA, que sai às 9h30. Também teremos o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan. Por aqui o recesso parlamentar e do judiciário vai terminando aos poucos e a polêmica do dia de hoje vai para o STF, com a proibição da destruição das provas colhidas com hackers pela PF.
As moedas EM seguem perdendo valor pro dólar,
O que sugere uma aberta em alta também por aqui.