De olho no mercado – 02 de outubro de 2019

De olho no mercado

MERCADO  O mercado doméstico deve ficar na defensiva, como já indica a queda da maioria dos fundos de índices (ETFs) do Brasil na Europa, após a derrota da equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro durante a votação dos destaques da reforma da Previdência no plenário do Senado na madrugada de hoje e diante das preocupações no exterior com a desaceleração da economia global e o Brexit.

Os investidores devem repercutir também a suspensão pelo governo dos Estados Unidos das importações de uma lista de empresas em cinco países, incluindo o Brasil, por suspeita de utilização de trabalho escravo. No exterior, as bolsas europeias e os índices futuros de Nova York, assim como o euro e a libra, recuam em meio ao início, há pouco, do discurso do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson.

Ele poderá apresentar sua oferta final de Brexit para a União Europeia. Segundo o jornal britânico The Telegraph, Johnson irá propor o estabelecimento de “duas fronteiras por quatro anos”, o que deixaria a Irlanda do Norte em uma relação especial com a Europa até 2025. A data-limite para a implementação do Brexit é 31 de outubro.

BRASIL – Em meio a pressões contra o governo por mais recursos aos Estados, os senadores retiraram todas as mudanças que seriam feitas nas regras do abono salarial, depois da aprovação do texto base da reforma em primeiro turno por 56 votos a 19. A alteração no abono retira R$ 76,4 bilhões da economia esperada em dez anos com a reforma.

A proposta aprovada na Câmara dos Deputados restringia o pagamento do benefício, no valor de um salário mínimo (R$ 998), a quem recebe até R$ 1.364,43 por mês. Com a derrota no Senado, ficam valendo as regras atuais, que garantem o repasse a quem ganha até dois salários mínimos. A votação em separado desse dispositivo foi solicitada pela bancada do Cidadania.

O governo precisava garantir 49 votos favoráveis ao trecho, mas só teve 42 apoiadores. Pela derrubada da alteração, foram 30 senadores. O Senado ainda pode promover alterações no texto, que podem drenar mais de R$ 200 bilhões adicionais da economia esperada com a proposta em uma década, que já caiu para cerca de R$ 800 bilhões.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), encerrou a sessão e prometeu retomar as discussões nesta manhã, para votação ainda de seis destaques em separado.

Fica no radar a retomada do julgamento hoje no plenário do STF a respeito do entendimento de que os réus delatados têm o direito de falar por último nos casos em que também há réus delatores (aqueles que fecharam acordos de colaboração premiada). A expectativa é de que o Supremo delimite os efeitos da decisão, fixando critérios para a anulação das condenações.

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