De olho no mercado – 03 de janeiro de 2020

De olho no mercado

Mercado Mundial – Um ataque aéreo dos EUA no aeroporto de Bagdá mata o comandante militar mais importante do Irã, disparando os preços do petróleo e do ouro e revertendo todos os ganhos de ações da quinta-feira.

A República Islâmica, acusada pelos EUA de estar por trás dos ataques às instalações de petróleo da estatal petrolífera da Arábia Saudita em setembro, prometeu uma retaliação rápida. Nada no calendário chega a importar tanto nos mercados nesta sexta-feira, mas haverá o lançamento da ata da última reunião de política do Fed e da pesquisa de fabricação do ISM.

Aqui está o que você precisa saber na sexta-feira, 3 de janeiro.

O Irã prometeu uma retaliação rápida depois que um ataque aéreo dos EUA no Iraque matou um de seus líderes militares mais importantes. Qasem Soleimani era comandante da força de elite Quds, um braço da Guarda Revolucionária, e estava por trás da recente expansão da influência militar iraniana no Oriente Médio – da Síria ao Iêmen. Ele foi amplamente considerado como o segundo homem mais poderoso do Irã, depois do líder supremo Ali Khamenei e era especulado como candidato à Presidência do país em várias oportunidades. O ataque representa uma acentuada escalada das recentes tensões no Iraque entre as várias potências que disputam influência no país e aumentou ainda mais o medo de um conflito prolongado em toda a região.

Por outro lado, os mercados de ações dos EUA devem seguir os mercados asiáticos e europeus e abrirem em baixa, revertendo as máximas históricas atingidas no pregão de ontem.

Às 8h15 (horário de Brasília), os contratos futuros da Dow caíam 355 pontos, ou 1,2%, enquanto o Futuros S&P 500 caía 1,4% e o NasDaq100 caía 1,6%.

Na Europa, o índice Stoxx 600 de referência também caía 1,1%, com as ações das indústrias automotivas e básica apresentando a pior performance. O contrato do S&P 500 mostrou um padrão de reversão, tendo sido aberto acima do fechamento do dia anterior, mas logo caiu abaixo do mínimo de quinta-feira. Isso geralmente é considerado um sinal claro de baixa por analistas técnicos.

Afinal, a economia do Reino Unido não estava totalmente desoladora e sombria. Os preços dos imóveis subiram à taxa mais rápida em um ano, de acordo com o credor hipotecário Nationwide em todo o país.

A pesquisa acompanhada de perto pelo credor mostrou que os preços subiram 1,4% em dezembro de 2019 em relação ao ano anterior, uma aceleração de um aumento de 0,8% em novembro e o aumento anual mais rápido desde novembro de 2018.

Além disso, a cadeia de moda Next PLC, vista por alguns como uma referência para o setor de varejo, revisou sua orientação para todo o ano depois de anunciar que as vendas nas festas de final de ano estavam ligeiramente acima das expectativas. As notícias mantiveram as perdas da Next e de outros ações de empresas de varejo dentro do mercado mais amplo.

Dito isto, o índice de gerentes de compras de construção do Reino Unido caiu novamente no mês de 45,3 para 44,4, sublinhando que uma parte essencial da economia ainda está encolhendo.

Mercado Brasileiro – O dólar abriu em alta de mais de 1% contra o real nesta sexta-feira, indo acima de 4,06 reais, acompanhando a força da moeda norte-americana no exterior após um ataque dos Estados Unidos matar um alto oficial iraniano e agravar as tensões geopolíticas no Oriente Médio.

Às 9:55, o dólar avançava 1,05%, a 4,0684 reais na venda, com máxima em R$ 4,07.

No exterior, o clima era de ampla aversão ao risco, com o dólar ganhando em relação à maior parte das divisas arriscadas. O índice que mede a moeda dos EUA contra seis outras ganhava 0,24%.

Na sessão anterior, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,32% contra o real, a 4,0258 reais na venda.

Neste pregão, o dólar futuro de maior liquidez operava em alta de 0,88%, a 4,066 reais.

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