De olho no mercado | 03 de Setembro 2019

De olho no mercado

Mesmo em dia de baixa liquidez (feriado em NY), o dólar retornou sua trajetória de alta e fechou o dia em R$ 4,182. A alta foi de quase 1% e o real foi a moeda que mais se desvalorizou no mundo ontem. Como base comparativa, as moedas de países emergentes se desvalorizaram entre 0,25% e 0,50% em comparação ao dólar. Esta taxa de câmbio nos remete às máximas históricas.

Como vimos, esta alta foi generalizada, e o que a causou foram a divulgação do PMI da China e da Europa melhores do que o esperado. Também ajudou neste movimento um relativo otimismo à cerca das relações comerciais entre Estados Unidos e China. Traduzindo, os dados da economia mundial vindos melhores do que o esperado sinalizam que a economia global não está parando e diminuem os riscos de diminuição das taxas de juros.

“O final do verão no hemisfério norte (Estados Unidos principalmente) tende a ser um período devagar por conta das férias, mas os traders e analistas dizem que o mês passado foi marcado por uma liquidez ainda mais baixa. A baixa liquidez tem sido observada no mercado de capitais, no de moedas e no de derivativos, e isso potencializa grandes movimentos nos mercados. Ainda, uma baixa liquidez pode significar que fica difícil comprar ou vender ativos quando se deseja”.

(A frase acima é uma tradução livre do Wall Street Journal de hoje. Isso baliza o que vimos no mercado ontem e serve também para o mercado local de moedas).

Mas hoje é outro dia…

Os mercados caem de olho no Brexit e nas famosas negociações comerciais americanas e chinesas. Quanto à Inglaterra, a libra encontra-se em seu menor patamar desde 2016. Já em relação ao segundo tema, o governo chinês entrou com processo na OMC para contestar as últimas tarifas dos EUA contra produtos chineses. As bolsas europeias caem em sua maioria e na Ásia fecharam sem direção única. Nos EUA, a sinalização é de uma abertura em baixa.

Na agenda do dia teremos a divulgação da produção industrial de julho por aqui. Isso sem falar nos leilões do Bacen (USD 580 milhões). Lá fora sairá o PMI americano (10hr45), o ISM (atividade industrial) e também deveremos ficar de olho no discurso de um membro do Fed (Eric Rosengren, de Boston).

No mercado de moedas EM (uma boa referência para o nosso real), o movimento não é unidirecional: o rand, a lira turca e o peso mexicano valorizam-se frente ao dólar, mas a rúpia indiana e o rublo russo perdem valor….

moser

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