De olho no mercado – 05 de dezembro de 2019

De olho no mercado

Mercado Internacional –  China e EUA  – Tarifas precisam ser reduzidas para que a China e os Estados Unidos alcancem um acordo provisório sobre comércio, afirmou o Ministério do Comércio nesta quinta-feira, mantendo sua postura de que algumas tarifas norte-americanas precisam ser revertidas para a fase um de um acordo.

“O lado chinês acredita que se ambos os lados alcançarem a fase um de um acordo, as tarifas devem ser reduzidas de acordo”, disse o porta-voz do ministério, Gao Feng, acrescentando que os dois lados estão mantendo comunicação próxima.

A finalização da fase um de um acordo entre as duas maiores economias do mundo era inicialmente esperado para novembro, antes de entrar em vigor uma nova rodada de tarifas dos EUA em 15 de dezembro, cobrindo 156 bilhões de dólares em importações chinesas.

As delegações comerciais dos dois lados continuam travadas em discussões sobre “importantes questões de preocupação”, com o aumento das tensões bilaterais sobre questões não relacionadas ao comércio, como protestos em Hong Kong, prejudicando as perspectivas para um acordo no curto prazo buscando acabar com a guerra comercial.

Zona do Euro

A economia da zona do euro cresceu a um ritmo modesto no terceiro trimestre, com impacto negativo do comércio, enquanto as vendas no varejo caíram no ritmo mais forte este ano em outubro, mostraram dados divulgados nesta quinta-feira.

O Produto Interno Bruto dos 19 países que usam o euro cresceu 0,2% entre julho e setembro, confirmando a estimativa preliminar divulgada em outubro e inalterado ante o segundo trimestre.

As vendas no varejo na zona do euro em outubro caíram 0,6%, o dobro do esperado em pesquisa da Reuters, e subiram 1,4% na comparação anual. A queda mensal foi a mais forte em 2019.

Argentina

O presidente do banco central da Argentina, Guido Sandleris, renunciou na quarta-feira, uma medida esperada conforme a terceira maior economia da América Latina realiza na próxima semana a transição para o peronismo com o presidente eleito Alberto Fernández.

Sandleris disse em uma carta ao presidente Mauricio Macri que deixará seu cargo em 9 de dezembro, um dia antes de Fernández assumir a Presidência.

Ele disse estar honrado por seu trabalho, mas preocupado que a tradição argentina de reconfigurar o comando do banco central a cada eleição contribua para uma “falta de consenso básico em torno da importância de construir uma moeda saudável e, especialmente, como fazer isso”.

Mercado Brasileiro – Muito aguardado pelo investidor local, que leva a bolsa a níveis recordes, os gringos vão decepcionar e não vêm participar da festa. Essa é a previsão do presidente do conselho do Credit Suisse e ex-presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.

Falando para investidores em evento organizado pela Western Asset, Ilan traçou um cenário de incerteza global e previu que dificilmente teremos um grande fluxo de capital para o mercado.

“A festa é muito boa, mas a festa é nossa. O investidor estrangeiro não virá”, disse o ex-presidente do BC.

Na avaliação de Ilan, a sinalização do mercado internacional é de que os grandes gestores de recursos não estão ávidos por uma tomada de risco maior, mas sim por portos-seguros como títulos de países desenvolvidos. “Há uma mudança global no desejo do investidor (…) que tem menos ímpeto por investimento e crescimento”, disse. “Eles estão buscando ativos mais seguros”.

Segundo ele, o principal sinal disso é a taxa de juros baixa ou negativa que se espalhou pelo mundo, especialmente Japão, Suíça e Europa. Os bancos centrais, classificados por Ilan como “mestres do curto prazo”, apenas reagem a uma dinâmica estrutural. Se os juros estão baixos, é porque não há demanda para maior risco.

A avaliação de Ilan Goldfajn é um balde d’água gelada naqueles que apostam que o investidor estrangeiro entraria maciçamente no Brasil. As previsões foram sendo adiadas após os gringos não aparecerem com a vitória do presidente Jair Bolsonaro nas eleições de outubro do ano passado e, depois, com a aguardada aprovação da reforma da Previdência, cujo trâmite no Congresso se encerrou no início de novembro.

moser

moser

Nossa comunicação é especializada em câmbio, buscamos compartilhar insights valiosos e estratégias inovadoras para o seu dia a dia.

Fique por dentro de todo
conteúdo e Descontos

Outros assunto relacionados

Economia global e o mercado cambial
O mercado cambial é influenciado por diversos fatores, sendo a economia global um dos principais. É importante...
De olho no mercado – 18 de fevereiro de 2022
Comece o dia bem informado!   Mercado Internacional   Minério de ferro tem maior queda semanal...
De olho no mercado – 16 de fevereiro de 2022
Comece o dia bem informado!   Mercado Internacional   Ata do Fed deve fornecer detalhes sobre...