De Olho no Mercado
Hoje é dia de Payroll (relatório de emprego dos EUA), um dos indicadores mais utilizados pelos membros do FED para a tomada de decisão quanto a taxas de juros por lá. O número sai às 9h30 (horário daqui) e espera-se a criação de 150 mil postos de trabalho.
À espera deste número, os mercados operam neste momento sem direção única e sem muita tração. As oscilações são mínimas nas bolsas europeias mas as asiáticas fecharam em alta, ainda refletindo o bom humor quanto ao retorno das conversas entre chineses e americanos. Mas um outra boa notícia vinda de lá foi o anúncio de que o BC Chinês anunciou um corte de compulsório de 0,5 ponto percentual no compulsório bancário. Isto liberará cerca de USD 126 bilhões para novos empréstimos (menos dinheiro fica retido >> mais empréstimo >> mais giro >> mais investimento >> mais consumo).
Falando um pouco das reuniões do Fed, a próxima será dia 18 de setembro e os contratos futuros de Fed funds, apurados pelo CME Group, apontam uma probabilidade de 96% de um novo corte de 25 pontos percentuais na taxa de juros norte-americanas.
Ontem o dólar chegou a operar na faixa dos R$ 4,07, mas sua trajetória foi de alta ao longo do dia e encerrou à R$ 4,109, uma leve alta de 0,1%. O que esteve por trás deste movimento foram os dados divulgados nos EUA (ADP e ISM), que vieram acima do esperado e que pode levar a uma inversão da expectativa acima (ou seja, a um não rebaixamento dos juros por lá).
No mercado de moedas EM, o dia ainda é de queda do dólar, à exceção da lira turca, que perde valor. Segue o clima pra tomada de risco, à espera de um Payroll mais fraco. Por sinal, o ouro, um importante porto-seguro, opera nas mínimas das últimas duas semanas (USD 1.511/onça troy).
Na agenda, fora o Payroll, por aqui sairá o IPCA de agosto, outro importante índice que nos dará dicas sobre as novas movimentações da taxa de juros no Brasil. A expectativa é de um número entre 0,07% e 0,24%. Lá fora também devemos acompanhar o discurso de Jerome Powell na Universidade de Zurique (Suíça).