De olho no mercado – 09 de dezembro de 2019

De olho no mercado

Mercado Mundial –  O Federal Reserve e o Banco Central Europeu devem realizar suas últimas reuniões de política monetária do ano nesta semana, com investidores focados no prazo de 15 de dezembro para novas tarifas americanas sobre produtos chineses.

Pequim e Washington estão tentando chegar a um acordo sobre um acordo comercial da “primeira fase” que esfriaria uma guerra comercial de 17 meses que abalou os mercados financeiros e influenciou negativamente o crescimento econômico global, mas eles continuam discutindo sobre os principais detalhes. Falta apenas uma semana para o prazo de 15 de dezembro para os EUA imporem tarifas sobre os US$ 156 bilhões restantes em importações chinesas e os mercados financeiros foram afetados por mudanças na retórica.

O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou na quinta-feira, num tom “otimista”, que as negociações comerciais com a China estão “avançando”, mesmo quando as autoridades chinesas reiteraram que as tarifas existentes devem cair como parte de um acordo provisório. No início da semana, porém, Trump abalou os mercados globais quando anunciou que um acordo poderia ter que esperar até depois das eleições presidenciais de 2020.

Christine Lagarde realizará sua primeira reunião e entrevista coletiva como presidente do BCE na quinta-feira. Os mercados não esperam mudanças na política monetária após o BCE anunciar novos estímulos em setembro e após sinais recentes de que a economia da zona do euro está atingindo seu nível mínimo.

No entanto, todas as palavras de Lagarde serão estudadas por seus pensamentos sobre as perspectivas da política monetária, a economia e uma futura revisão da estratégia. E depois de oito anos de Mario Draghi, de fala franca, esperamos que o estilo de comunicação da nova chefe do BCE também seja analisado.

Mercado Brasileiro – A aproximação do final de 2019 ainda permite correções nas expectativas dos analistas de mercado conforme a última publicação do Boletim Focus pelo Banco Central nesta segunda-feira (09). Os analistas consultados confirmam a tendência de expectativa que prevê melhora da atividade econômica neste ano, já refletida nos números do PIB do 3º trimestre.

O levantamento realizado pela autoridade monetária aponta o crescimento no país no ano deve ser de 1,10% e não mais 0,99%, como era esperado até a semana passada. Foi a quinta semana consecutiva de alta nas projeções em relação à atividade econômica. Há quatro semanas, a estimativa era que o PIB tivesse avanço de 0,92%.

Em relação ao dólar, apesar de cair após bater as máximas intradiárias e atingir recordes durante novembro, as estimativas para a moeda americana no fim do ano teve elevação. A moeda americana deve fechar o ano a R$ 4,15, contra R$ 4,10 da semana anterior. Para o encerramento de 2020, a aposta foi elevada de R$ 4,01 para R$ 4,10. Os analistas incorporaram nas estimativas a intensificação do fluxo cambial negativo, devido à sazonalidade de fim de ano, quando há mais saída de recursos estrangeiros que entrada para pagamento de lucros das multinacionais a suas sedes nos exteriores. No acumulado do ano até novembro, o fluxo cambial registra saída líquida de US$ 27,156 bilhões, enquanto no acumulado em 12 meses até novembro teve saída de US$ 39,913 bilhões.

Manteve-se inalterada a projeção da Selic para este ano e 2020. os analistas projetam uma Selic a 4,50% em 2019 e em 4,50% em 2020, apostando em mais um corte de 0,50 ponto percentual na reunião de política monetária de dezembro, na quarta-feira 09/12 – e sinalizada pela autoridade monetária no último encontro, mantendo-a neste nível durante todo o ano que vem.

moser

moser

Nossa comunicação é especializada em câmbio, buscamos compartilhar insights valiosos e estratégias inovadoras para o seu dia a dia.

Fique por dentro de todo
conteúdo e Descontos

Outros assunto relacionados

Como Declarar Capital Estrangeiro no Banco Central?  
Em um mundo globalizado é importante compreender como declarar capital estrangeiro ao Banco Central para...
Pagamentos Internacionais para Empresas: Existem Alternativas ao Swift?
Em um mundo cada vez mais globalizado, as transações financeiras internacionais se tornaram uma rotina...
Como a Gestão de Câmbio Influencia os Negócios Internacionais: Uma Perspectiva da Frente Corretora
A gestão de câmbio desempenha um papel crucial no sucesso dos negócios internacionais. Com mercados cada...