De Olho no Mercado
Mercado Mundial – No exterior, prevalece o apetite por risco e a moeda americana exibe viés de alta ante o iene e o euro, com a apreensão menor nos mercados com o coronavírus, a leitura de que o presidente do Fed, Jerome Powell, está sinalizando para estabilidade dos juros por algum tempo em depoimentos ao Congresso americano, ontem e hoje, e após a queda da produção industrial do bloco europeu.
Mas a libra ainda sobe ante o dólar, ecoando ainda a alta do produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido acima do esperado no quarto trimestre 2019, na comparação anual. Ante divisas emergentes ligadas a commodities, o dólar opera sem direção única, respondendo a fatores específicos de cada mercado.
A divulgação das vendas no varejo em dezembro e o consolidado de 2019 será monitorada e deve ajudar a guiar as apostas para a Selic este ano, em meio à percepção deixada pela ata do Copom de que o juro básico pode ficar estável por um bom tempo.
Mercado Brasileiro – O dólar pode se manter volátil, após ter renovado seu pico histórico, a R$ 4,3403 na máxima intraday e de R$ 4,3264 no fechamento à vista ontem. Além disso, podem afetar a precificação da moeda os dados de atividade e de fluxo cambial, caso venham piores que o esperado, além do fluxo cambial na sessão.
Cenário externo começa o dia mais positivo, reagindo a indicações de que a difusão do vírus está perdendo força. Em sua avaliação, além da justificativa de saída de grandes corporações para a alta da véspera, a divulgação da ata do Copom, sinalizando que o colegiado deixou uma fresta aberta para novos cortes, caso as condições externas e, principalmente a evolução dos desdobramentos relacionados ao Coronavírus, foram os grandes responsáveis pelo descolamento. Segundo informações, os Fundos Nacionais zeraram posição vendida em 6.600 contratos com Bancos e Estrangeiros na contraparte com 4.800 e 1.375 contratos respectivamente.