De olho no mercado
BCE corta a taxa de depósito de -0,4% para -0,5%. Mantém taxa de refinanciamento em 0%. E anuncia que vai comprar EUR 20 bilhões por mês em ativos pelo tempo que for necessário. Às 9h30 o presidente do BCE, Mario Draghi, concede entrevista.
“Como um gesto de boa vontade”, o presidente norte-americano Donald Trump afirmou ontem à noite que decidiu adiar a elevação de tarifas de 25% para 30% sobre USD 250 bilhões em produtos chineses de 1º de outubro para 15 de outubro. Segundo ele, a decisão foi tomada à pedido do vice-premiê chinês Liu He, em função da China estar comemorando seu 70º aniversário.
Seguindo este gesto de ‘boa vontade’, as bolsas asiáticas fecharam em alta também com notícias dando conta que as empresas chinesas começaram a fazer levantamentos de preços de produtos agrícolas americanos para retomar as compras. Este era um grande ponto de discórdia entre as duas potências e as compras desses produtos estavam suspensas desde o mês passado. Mas os mercados também operaram na expectativa da taxa do BCE e no discurso de Mario Draghi. As bolsas europeias operam sem direção única, influenciadas além da espera do BCE, pelo Brexit.
E por aqui foi sepultada a proposta de criação de um novo imposto sobre transações financeiras com a demissão do secretário Especial da Receita Federal Marcos Cintra. A decisão foi tomada pelo presidente, Jair Bolsonaro.
Ontem a bolsa fechou em território positivo influenciada por fatores externos e por dados locais mais favoráveis, como o crescimento das vendas no varejo de 1%. Fechou à 103.445 pontos e a alta foi de 0,4% (mas bateu na máxima de 104.155 pontos). O dólar spot encerrou à R$ 4,065, queda de 0,75%.
Na agenda, além da decisão da taxa de juros da zona do euro, teremos o CPI (inflação ao consumidor) nos EUA e nada muito relevante por aqui. Os leilões de dólares do Bacen continuam (irão até o dia 27 de setembro).
Neste momento o movimento é de valorização de todas moedas EM frente à moeda norte-americana (dólar em queda). É dia de tomada de risco!!!
