De olho no mercado
Depois da decisão do BCE de cortar a taxa de depósito de -0,4% para -0,5%, manter a taxa de refinanciamento em 0%, e anunciar que vai comprar EUR 20 bilhões por mês em ativos pelo tempo que for necessário, o dólar fechou por aqui em seu terceiro dia de queda. As medidas vieram um pouco melhor do que o esperado (e precificado), e a moeda norte-americana chegou a bater nos R$ 4,02, mas fechou em R$ 4,06, baixa de 0,13%. O que levou a esta oscilação (4 centavos) foram as desencontradas notícias sobre o acordo entre Estados Unidos e China e dúvidas sobre a efetividade das medidas do BCE.
O próximo evento a ser monitorado será a reunião do Fed que acontece semana que vem, dia 18.
Ainda sob efeito da decisão do BCE e de olho nas negociações comerciais sino-americanas, as bolsas europeias operam em alta em sua maioria (à exceção da Inglaterra por conta das dúvidas sobre o Brexit) e as asiáticas também fecharam pra cima influenciada pelos mesmos fatores (fora China, Taiwan e Coréia do Sul, onde é feriado).
A agenda de hoje não é pesada e teremos os dados de vendas no varejo nos EUA. Por aqui não teremos nada relevante.
As moedas EM operam sem direção única, mas a aposta majoritária ainda é a de tomada de risco, ou seja, um movimento de venda de dólares. Neste momento, quem perde valor frente à divisa norte-americana é a lira turca (após forte alta ontem) e a rúpia indiana.