De olho no mercado – 16 de dezembro de 2019

De olho no mercado

Mercado Mundial – A China anunciou neste domingo que suspendeu tarifas adicionais sobre alguns produtos dos EUA que deveriam ser implementados em 15 de dezembro, depois que as duas maiores economias do mundo concordaram em um acordo comercial de “primeira fase” na sexta-feira.

O acordo, rumores e vazamentos sobre o que afetam os mercados globais há meses, reduz algumas tarifas dos EUA em troca do que as autoridades americanas disseram que seria um grande salto nas compras chinesas de produtos agrícolas americanos e outros bens.

Mas nenhum dos lados ofereceu detalhes específicos sobre a quantidade de produtos agrícolas dos EUA que Pequim concordou em comprar.

E enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que as negociações comerciais da “segunda fase” começariam imediatamente, Pequim deixou claro que a mudança para o próximo estágio das negociações comerciais dependeria da implementação da primeira fase.

O crescimento dos setores industrial e de varejo da China superaram as expectativas em novembro, conforme o suporte do governo impulsionou a demanda na segunda maior economia do mundo e em meio ao alívio das hostilidades comerciais com os Estados Unidos.

A divulgação dos dados nesta segunda-feira acontece após firmes sinais de progresso nas negociações comerciais entre EUA e China no fim de semana após os dois países anunciarem a “fase um” de um acordo comercial que vai quase dobrar as exportações dos EUA para a China.

Entretanto, o crescimento nos setores de infraestrutura e imobiliário, ambos importantes motores do crescimento, permaneceu fraco em novembro, destacando importantes desafios para Pequim em seu esforço de estabilizar o desempenho econômico no próximo ano.

A produção industrial subiu 6,2% em novembro sobre o ano anterior, mostraram dados da Agência Nacional de Estatísticas, superando a expectativa de 5,0% em pesquisa da Reuters e acelerando ante 4,7% em outubro. Também foi a expansão mais rápida em cinco meses nessa base de comparação.

Mercado Brasileiro – O Banco Central divulgou na manhã desta segunda-feira (16) mais uma edição do Boletim Focus, trazendo novos ajustes em relação às expectativas dos analistas de mercado para a economia brasileira em 2019 e nos próximos anos. Os economistas ouvidos pelo BC reforçam a tendência positiva do final do ano, ao elevarem mais uma vez as estimativas do PIB brasileiro no ano.

O levantamento realizado pela autoridade monetária aponta o crescimento no país no ano deve ser de 1,12% e não mais 1,10%, como era esperado até a semana passada. Há quatro semanas, a estimativa era que o PIB tivesse avanço de 0,92%. Para 2020, a aposta também subiu, de 2,24% para 2,25%, a quinta semana seguida de alta. Há quatro semanas, a aposta era de um crescimento de 2,07% para o ano que vem.

Os analistas ouvidos pelo BC também elevaram as projeções do IPCA para o fechamento do ano, com a aposta indo de 3,84% para 3,86%, sendo que há quatro semanas a aposta era de 3,33%, ainda abaixo do centro da meta de 4,25% e dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Para 2020, os analistas mantiveram as mesmas projeções do IPCA da semana passada, estimando uma alta de 3,60%, também abaixo do centro da meta de 4% estabelecido para o ano que vem. Há quatro semanas, os economistas também projetavam alta de 3,60% no índice de preços para o ano que vem.

Sem novas reuniões na Selic neste ano, a taxa básica de juros já está definida para encerrar o ano em 4,50%. Para 2020, a tendência é de manutenção nos 4,50%.

Em relação ao dólar, a aposta é que a moeda americana deva fechar o ano a R$ 4,15, mesmo patamar estimado na semana anterior, o mesmo acontecendo para as apostas de 2020, manutenção em R$ 4,10.

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