De olho no mercado
Mercado Internacional – Um apetite por ativos de risco predomina no exterior, após o acordo fase 1 entre Estados Unidos e China, e pode afetar a abertura do câmbio interno. Estão no radar os dados do PIB da China no 4º trimestre de 2019, que serão divulgados na noite de hoje. O dólar operava em baixa ante euro, libra e algumas divisas emergentes ligadas a commodities.
As expectativas se voltam também para as discussões sobre a ‘fase 2’ do acordo comercial com a China e o pacote de corte de impostos prometido pelo governo americano para este ano. O secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, disse que as negociações comerciais tratarão de questões como os subsídios do governo chinês a empresas do país asiático na “fase 2”. Segundo ele, ainda há “tarifas significativas em vigor como um incentivo para concluir a fase 2”.
Mercado Interno – No Brasil, os agentes financeiros devem repercutir o IBC-BR de novembro, que será divulgado às 9 horas e pode mostrar desaceleração ante outubro, reforçando a percepção de fraqueza da economia deixada pelos últimos números das vendas no varejo e produção industrial do mesmo mês. Após três meses de alta, a mediana colhida pelo Projeções Broadcast aponta queda de 0,10% para o indicador, que é considerado uma prévia do PIB do país.
Ontem, o dólar teve novo dia de alta, com o real descolado do comportamento de outras moedas emergentes. Indicadores mais fracos que o esperado da atividade econômica brasileira, segundo traders de câmbio, são o principal motivo para a valorização do dólar este ano no Brasil, pois aumentaram as preocupações com o crescimento da economia em 2020 e as apostas em novo corte da Selic em fevereiro. A moeda americana terminou com ganho de 1,30%, a R$ 4,1843, perto da máxima do dia e na maior cotação desde 5 de dezembro. Em janeiro, a divisa já acumula alta de 4,3% ante o real.
Há pouco, a FGV informou que o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 1,07% em janeiro, após ter aumentado 1,69% em dezembro. O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast (alta entre 0,56% e 1,37%), e praticamente em linha com mediana positiva de 1,08%. O IGP-10 acumulou um aumento de 1,07% no ano. A taxa em 12 meses ficou positiva em 7,81%.