De olho no mercado – 17 de dezembro de 2019

De olho no mercado

Mercado Mundial – Os mercados acionários da China chegaram à terceira sessão de ganhos nesta terça-feira, com o índice de blue-chips registrando o maior fechamento em oito meses, impulsionados pelo acordo comercial provisório com os Estados Unidos que ajudou a aliviar o risco externo.

A “fase um” do acordo comercial entre EUA e China foi “totalmente finalizado” disse um assessor da Casa Branca na segunda-feira, acrescentando que as exportações norte-americanas para a China vão dobrar segundo o pacto.

O sentimento também foi ajudado por uma série de dados recentes indicando resiliência da segunda maior economia do mundo.

Brexit – A imprensa do Reino Unido ouviu de uma fonte em Downing St. que o governo mudará a lei para tornar impossível estender o período de transição após o Brexit, que deve terminar no final de 2020.

Michael Gove, aliado sênior de Johnson, disse que o objetivo era “concentrar mentes”, em vez de reintroduzir os cenários de “precipício” que assustaram os mercados durante a maior parte deste ano. No entanto, o principal negociador da UE, Michel Barnier, disse que será impossível negociar um acordo comercial abrangente no período.

Zona do euro – O superávit comercial não ajustado sazonalmente da zona do euro aumentou mais do que o esperado em outubro na comparação com o ano anterior, graças a uma forte queda nas importações de energia, mostraram dados divulgados nesta terça-feira.

A agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, informou que o superávit comercial dos 19 países que usam o euro subiu para 28 bilhões de euros em outubro de 13,2 bilhões um ano antes, após as importações saltarem 4,1% e as importações caírem 3,2%.

Economistas consultados pela Reuters esperavam um superávit de 17 bilhões de euros em outubro.

EUA – Estão programados a produção industrial americana em novembro e uma fala sobre economia do presidente do Federal Reserve de Nova York, John Willians. Na semana passada, Willians disse não ver o Fed elevando juro por um bom tempo e um relatório mensal da instituição divulgado ontem aponta que a criação de postos de trabalho nos Estados Unidos foi “robusta” em novembro e permaneceu “sólida” durante o ano e o núcleo da inflação permanece abaixo do objetivo de longo prazo.

Mercado Brasileiro – O dólar recuava contra o real nos primeiros negócios desta terça-feira, rondando os 4,05 reais, com os investidores de olho na avaliação da economia da ata do Copom e ainda otimistas após um acordo comercial inicial entre Estados Unidos e China.

Às 9:10, o dólar recuava 0,19%, a 4,0536 reais na venda.

Na segunda-feira, o dólar fechou em baixa de 1,15%, a 4,0613 reais na venda, no menor patamar para um encerramento desde 5 de novembro.

O dólar futuro de maior liquidez perdia 0,27% neste pregão, a 4,053 reais.

Nesta sessão, o Banco Central ofertará até 10 mil contratos de swap cambial reverso e até 500 milhões de dólares em moeda spot. Em caso de venda parcial ou não colocação dessas ofertas, a autarquia leiloará contratos de swap tradicional para rolagem do vencimento fevereiro de 2020.

Adicionalmente, o BC realizará nesta terça-feira e na quarta, entre 10h20 e 10h25, leilões de venda de dólares com compromisso de recompra, ofertando até 1,25 bilhões de dólares em cada um.

A previsão de dois leilões de linha com recompra novos de US$ 1,25 bilhão em cada um, hoje e amanhã, pode induzir vendas e a continuidade do dólar fraco nos primeiros negócios. Isso porque a Ptax das 10 horas servirá de referência nessas operações e quanto menor seu valor melhor para o investidor que for participar da operação. Ontem, o dólar à vista já caiu para R$ 4,0620, menor valor desde 5 de novembro, após leilão de linha de US$ 1,65 bilhão para concluir rolagem de vencimento de janeiro e com otimismo sobre o acordo fase 1 sino-americano, dados chineses e a economia doméstica.

Contudo, um viés de alta do índice DXY, que compara o dólar ante seis moedas fortes, e também em relação a grande parte das moedas emergentes ligadas a commodities podem limitar um recuo ante o real. Os investidores globais estão à espera dos termos e da assinatura do pacto comercial sino-americano. A China informou que vai conceder isenções de tarifas a compradores de produtos agrícolas dos EUA de forma mais regular. As isenções eram anteriormente concedidas em etapas, mas agora serão liberadas com maior frequência, disseram fontes.

Os agentes de câmbio devem monitorar ainda os ajustes dos juros futuros à ata do Copom. O documento da última reunião do Banco Central, que reduziu a Selic de 5,00% para 4,50% ao ano na semana passada, destacou há pouco que as projeções de curto prazo foram afetadas por choque de preço de proteína, que aconteceu de forma mais intensa e prematura do que o esperado e cujo efeito foi mais concentrado no último bimestre deste ano. Ainda assim, a percepção entre alguns economistas é de que a ata reforça que o cenário atual pode comportar um corte adicional da Selic em fevereiro, que levaria o juro básico para 4,25%

Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central consideraram hoje, na ata do último encontro do colegiado, que a ociosidade da economia pode se reduzir mais rápido do que o previsto, produzindo assim uma pressão inflacionária. O colegiado cortou a taxa Selic de 5,00% para 4,50% ao ano na semana passada. O documento traz a avaliação de que os últimos dados de atividade e a maior eficiência do mercado de crédito e de capitais podem levar a uma redução mais rápida da ociosidade. Por outro lado, o colegiado destacou que a ociosidade dos fatores de produção ainda é elevada, dada a dinâmica atual dos núcleos de inflação. O Copom reiterou que a retomada da economia brasileira ganhou tração nos últimos meses. Para o BC, os estímulos da liberação de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do PIS-Pasep deve ter impacto concentrado no último trimestre do ano.”O cenário básico do Copom supõe que o ritmo de crescimento subjacente da economia, que exclui os efeitos de estímulos temporários, será gradual”, completou o documento.

Marketing Frente Corretora

Marketing Frente Corretora

Fique por dentro de todo
conteúdo e Descontos

Outros assunto relacionados

Economia global e o mercado cambial
O mercado cambial é influenciado por diversos fatores, sendo a economia global um dos principais. É importante...
De olho no mercado – 18 de fevereiro de 2022
Comece o dia bem informado!   Mercado Internacional   Minério de ferro tem maior queda semanal...
De olho no mercado – 16 de fevereiro de 2022
Comece o dia bem informado!   Mercado Internacional   Ata do Fed deve fornecer detalhes sobre...