De olho no mercado
Mercado mundial – Na quarta-feira, o Fed publicará a ata de sua reunião de outubro, quando indicou que seus planos de flexibilização estavam suspensos após três cortes consecutivos nas taxas. O Banco Central dos EUA descreveu os cortes nas taxas como uma apólice de seguro contra o atrito causado pela desaceleração do crescimento global e pela incerteza geo política e comercial.
As ações subiram na sexta-feira, com o Dow atingindo 28.000 pela primeira vez, depois que o assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse que a China e os EUA estavam chegando perto de um acordo sobre o fim de sua guerra comercial de 16 meses, que agitou os mercados financeiros e agiu como um empecilho ao crescimento global.
A mídia estatal chinesa Xinhua informou no domingo que os dois lados tiveram “negociações construtivas” sobre as negociações em um telefonema de alto nível no sábado, mas não deram mais detalhes sobre o momento de um possível acordo.
Os investidores esperam receber os PMI do Japão da zona do euro e dos EUA na sexta-feira, números amplamente considerados como um indicador prospectivo da saúde econômica. Os PMIs de outubro apontaram para alguma estabilização, aumentando as expectativas de que a alta flexibilização do banco central havia ajudado a economia global a chegar ao fundo do poço.
Na quinta-feira, os EUA devem divulgar os dados de vendas de imóveis existentes, juntamente com os números das pedido inciais e contínuos de seguros desemprego.
Mercado Brasileiro – Banco Central divulgou na manhã desta segunda-feira mais uma edição do Boletim Focus, com as perspectivas de analistas de mercado para o desempenho da economia brasileira. A novidade do documento é a continuação da flexibilização monetária, iniciada em julho pelo Banco Central, no ano que vem. Os analistas projetam uma Selic a 4,50% em 2019 e em 4,25% em 2020, apostando em mais um corte de 0,50 ponto percentual na reunião de política monetária de dezembro – e sinalizada pela autoridade monetária no último encontro – e um de 25 pontos-base na primeira reunião do ano que vem, reforçando o sinal de cautela do Copom na gestão da política monetária após o último encontro.
Os analistas também projetam uma inflação maior para o fim deste ano, a segunda semana consecutiva de alta na expectativa do IPCA. A inflação em 2019 deve fechar em 3,33%, de 3,31% na semana passada, ainda abaixo do centro da meta de 4,25% e dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Há quatro semanas, o mercado projetava alta de 3,26% no índice de preços.
Para 2020, os analistas também mantiveram as projeções de alta de 3,60% no IPCA, também abaixo do centro da meta de 4% estabelecido para o ano que vem, assim mantendo as estimativas da semana passada. Há quatro semanas, os economistas projetavam alta de 3,73% no índice de preços para o ano que vem.
De acordo com o Focus, o dólar deve fechar o ano a R$ 4,00, o que representa manutenção em relação à projeção da semana passada, mantendo-se nessa estimativa há 7 semanas. Para o encerramento de 2020, a aposta também segue em R$ 4,00.