De olho no mercado – 02 de janeiro de 2020

De olho no mercado

Mercado Mundial – Os mercados de ações mundiais estão começando em 2020 com um estrondo, pois os mercados reabrem pela primeira vez desde que o presidente Donald Trump confirmou para 15 de janeiro a assinatura do acordo comercial de “fase 1” com a China.

Às 8h30 (horário de Brasília), os contratos futuros da Dow subiam 155 pontos, ou 0,6%, enquanto o contrato futuro do S&P 500 registrava altas semelhantes e o futuro da NasDaq 100 subia 0,7%.

Os ganhos foram ainda maiores na Europa, onde os mercados foram apoiados por uma percepção geral de que a avaliação das empresas em relação aos EUA registrou um aumento abrupto em relação a 2018.

Na Ásia, o Shanghai Composite alcançou seu nível mais alto em oito meses, enquanto o Índice Hang Seng de Hong Kong também subia 1,3%, enquanto os dois principais índices da Índia fecharam quase no máximo histórico, na esperança de novos estímulos fiscais. O Japão teve uma performance atípica, com os Nikkei perdendo 0,8%.

O outro grande apoio aos mercados financeiros veio da China, onde o Banco Central novamente reduziu sua exigência de taxa de compulsório para os bancos, liberando o equivalente a US$ 115 bilhões em liquidez.A medida é a mais recente de uma série de pequenos passos para diminuir as condições monetárias desde o início da guerra comercial EUA-China em março de 2018. Ela vem à frente de um aumento sazonal na demanda por liquidez dos bancos locais antes do ano novo chinês e antes de uma enxurrada de novas emissões de dívida pelas autoridades locais para os projetos de infraestrutura planejados para o ano.Analistas comentaram que a medida pode prefigurar mais quedas suaves na taxa de política do Banco Popular da China.

Os mercados em todo o mundo ignoraram as notícias sobre a última rodada de índices de gerente de compras da IHS Markit, que mostrou as fábricas da Europa ainda lutando contra os efeitos da desaceleração do ano passado.Revisões em alta para os PMIs industriais franceses e alemães ajudaram o PMI da zona do euro a uma leitura final de 46,3, acima dos 45,9 preliminares, mas abaixo de novembro e ainda claramente abaixo do nível 50 que separa crescimento de contração. Enquanto isso, o PMI do Reino Unido caiu para o nível mais baixo desde o final de 2012 sob as incertezas combinadas do Brexit e das eleições gerais.A China caiu de 0,3 a 51,5, mais modesta, mínimo de três meses, mas ainda próximo do seu maior nível nos últimos 18 meses.

Mercado Brasileiro – O dólar oscilava próximo da estabilidade ante o real nesta primeira sessão de 2020, depois de registrar queda acentuada no último pregão do ano, com investidores de olho no anúncio de um local e data para a assinatura do acordo comercial inicial entre Estados Unidos e China.

A medida recente do banco central chinês de reduzir a taxa de compulsório e dados firmes sobre a indústria da China também estavam no radar dos agentes do mercado.

A atividade industrial da China expandiu a um ritmo mais lento em dezembro, mas a produção continuou a aumentar a um ritmo sólido e a confiança empresarial cresceu, oferecendo mais suporte à segunda maior economia do mundo. Além disso, o banco central da China informou na quarta-feira um corte na quantidade de dinheiro que todos os bancos devem reter como reservas, liberando cerca de 115 bilhões de dólares em fundos para dar suporte a sua economia.

“Momentaneamente, a China está no radar, já que reduziu seu compulsório, podendo injetar bilhões na economia, e os dados de PMI da China também vieram bons”, disse Jefferson Laatus, sócio fundador do grupo Laatus.

“Outra coisa que chamou a atenção foi o anúncio de Trump sobre o acordo comercial, o que deixou os mercados animados ao mostrar que isto é sério e que o acordo realmente está acontecendo. Isso traz tranquilidade para as negoiações”, completou.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na terça-feira que a “fase um” do acordo comercial EUA-China será assinada em 15 de janeiro na Casa Branca, embora ainda haja considerável confusão sobre os detalhes do acordo.

Às 10:23, o dólar recuava 0,01%, a 4,0125 reais na venda, em torno de mínimas desde o começo de novembro do ano passado.

Em meio a um clima de final de ano otimista, a moeda norte-americana encerrou o último pregão do ano passado em queda de 0,91%, a 4,0129 reais na venda. No entanto, em 2019, a moeda acumulou alta de 3,54%, depois de saltar 16,94% em 2018 e subir 1,79% em 2017.

Para Laatus, o horizonte para a moeda brasileira é positivo, devido à perspectiva otimista para a economia doméstica e à expectativa de entrada de recursos com ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) em 2020.

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