De olho no mercado – 23 de dezembro de 2019

Mercado Mundial

O mercado opera com baixa liquidez às vésperas do Natal. Na agenda, o investidor avalia dados de atividade nos Estados Unidos e, no Brasil, a balança comercial, além da pesquisa Focus, que trouxe leve alta na projeção de IPCA de 2019 e de PIB em 2019 e 2020. O comunicado da China que anuncia o corte de tarifas sobre alguns produtos, divulgado mais cedo nesta segunda-feira, detalha alguns produtos beneficiados pela medida. O Ministério das Finanças diz que “a fim de melhor atender às necessidades das vidas das pessoas”, cortará tarifas de importação sobre carne de porco congelada, avocados congelados e suco de laranja não congelado. O governo chinês diz que pretende “expandir ativamente as importações, estimular o potencial de importações e otimizar a estrutura de importações”. As medidas entram em vigor em 1º de janeiro e devem levar as tarifas de importação sobre mais de 850 commodities para um patamar inferior à tarifa determinada pela regra das nações menos favorecidas no comércio global.

Também são cortadas a zero tarifas sobre alcaloides usados para o tratamento de asma e a matéria-prima para a produção de novos medicamentos para diabetes. Serão ainda reduzidas tarifas sobre equipamentos e partes deles na área de “tecnologias avançadas”, a fim de apoiar esse setor. Para encorajar a demanda doméstica, tarifas novas ou reduzidas para alguns produtos de madeira e papel foram determinadas.
O governo chinês informa que continuará a implementar cortes de tarifas sobre algumas commodities originárias de 23 países ou regiões com os quais tem acordos, como Nova Zelândia, Peru, Costa Rica, Suíça, Coreia do Sul e Chile.

Mercado Brasileiro

No câmbio, os sinais mistos do dólar ante emergentes no exterior e a baixa liquidez podem deixar o mercado sem uma direção clara. Pode haver alguma cautela antes do feriado, mas por outro lado o dólar pode ajustar parte da alta observada na sexta-feira. Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA, o índice oficial de preços em 2019. O Relatório de Mercado Focus, divulgado há pouco pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA este ano foi de alta de 3,86% para 3,98%. Há um mês, estava em 3,46%. A projeção para o índice em 2020 permaneceu em 3,60%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% e 3,50%, respectivamente. A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).

No início de dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA subiu 0,51% em novembro. No ano, a taxa acumulada é de 3,12% e, em 12 meses até novembro, de 3,27%.
Também em dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC atualizou suas projeções para a inflação. Considerando o cenário de mercado, a projeção para o IPCA em 2019 está em 4,0%. No caso de 2020, está em 3,5% e, para 2021, em 3,4%. No Focus de hoje, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2019 foi de 3,95% para 4,13%. Para 2020, a estimativa do Top 5 permaneceu em 3,50%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,50% e 3,55%, nesta ordem. No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,75%, ante 3,70% de um mês atrás. A projeção para 2022 no Top 5 seguiu em 3,63%, ante 3,50% de quatro semanas antes.

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