De Olho no Mercado
Mercado mundial – O Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu adiar os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 por conta da pandemia de coronavírus, afirmou nesta segunda-feira Dick Pound, membro da entidade.
Grandes potências do esporte, como Austrália e Canadá, já tinham anunciado mais cedo que tinham se retirado dos Jogos deste ano, enquanto os organizadores sofriam pressões de todo o globo para adiarem o evento pela primeira vez em 124 anos de história moderna.
Japão – Assim como ontem, as ações fecharam em alta no pregão de terça-feira, com ganhos nos setores de Nikkei 500 Pulp & Paper, Nikkei 500 Railway & Bus e Nikkei 500 Real Estate, levando as ações a uma alta.
No encerramento em Tóquio, o Índice Nikkei 225 ganhou 7,04%.
Ainda na sessão asiática observou-se alta nos Futuros do Ouro e do Petróleo.
Nos EUA – A queda de Wall Street se aprofundou ontem, segunda-feira, com a rápida propagação do coronavírus forçando mais Estados norte-americanos a paralisarem as atividades, ofuscando medidas sem precedentes do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) para impulsionar o crédito em toda a economia.
Após reduzir recentemente as taxas de juros para próximo de zero, o Fed agora irá conceder empréstimos a estudantes e financiamentos com cartão de crédito, além de apoiar a compra de títulos corporativos e fazer empréstimos diretos a empresas.
Europa – As Bolsas da Europa registraram fortes quedas nesta segunda-feira, 23, apesar dos esforços de governos e bancos centrais ao redor do mundo para mitigar os efeitos econômicos do coronavírus. O estresse global causado pela interrupção de empresas e medidas de quarentena continuaram a pesar sobre as ações europeias, fazendo o índice Stoxx 600 encerrar em baixa de 4,30%, a 280,43 pontos.
No Reino Unido, onde o governo do primeiro-ministro Boris Johson ampliou as ações de isolamento no final de semana, o índice FTSE 100 encerrou com forte baixa de 3,79%, a 4.993,89 pontos.
Diante do cenário turbulento, avança a percepção de que a zona do euro e o mundo devem registrar forte recessão já a partir do próximo trimestre. Sinal disso pôde ser constatado hoje com a divulgação do índice de confiança do consumidor da região elaborado pela Comissão Europeia, que caiu de -6,6 em fevereiro para -11,6 na preliminar de março.
Mercado brasileiro – A bolsa paulista ampliava viés negativo nesta segunda-feira, com o Ibovespa caindo abaixo dos 63 mil pontos e pressionado principalmente por bancos, conforme segue a aversão a risco global e apesar de novas medidas sócio-econômicas de resposta ao Covid-19 no Brasil e no mundo.
Entre as medidas mais recentes anunciadas no Brasil, o Banco Central reduziu a alíquota do compulsório sobre recursos a prazo para 17%, prevendo uma liberação de 68 bilhões de reais na economia a partir do dia 30 de março.
Após uma grande polemica, o presidente Jair Bolsonaro decidiu revogar o trecho da medida provisória que previa a suspensão dos contratos de trabalho por 4 meses.
O dólar voltou a subir frente ao real, Mesmo após intervenção do Banco Central que anunciou no mercado três leilões de venda de dólares à vista, um total de US$ 739 milhões. A alta deve-se ao cenário negativo no exterior, após o Senado dos Estados Unidos rejeitar, no domingo (22), o pacote de cerca de 2 trilhões de dólares para atenuar os impactos econômicos do coronavírus.