De olho no mercado
O clima está positivo no exterior frente a renovadas esperanças de um bom desfecho quanto à guerra comercial. Esta notícia foi repassada ontem nada mais nada menos pelo secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin. As bolsas europeias operam pra cima e as asiáticas já fecharam em território positivo.
Ontem o dólar fechou em R$ 4,171 (+0,43%) e destoamos do cenário externo, já que praticamente todas as moedas pares ganharam terreno frente ao dólar. No ano a alta já chega à 7,5% mas ainda estamos distantes daquela elevação do período pré-eleitoral do ano passado, quando a desvalorização do real chegou à 25% (tem alguns comparando por aí…). O que chama a atenção no mercado local é o baixo volume de negócios em dólar: dados da B3 (antiga BMF) dão conta que o volume de transações de contrato de dólar futuro de outubro está em USD 61 bilhões, ante uma média de USD 72 bilhões.
Na agenda do dia teremos como destaque a divulgação da ata da reunião do Copom da semana passada. Fora os leilões de dólar, por aqui teremos também a divulgação do IPCA-15. Nos EUA tem início a assembleia da ONU onde o presidente Jair Bolsonaro fará seu discurso: depois dele vem Trump. Ainda nos EUA, sairá o Conference Board (índice de confiança do consumidor) e o índice de atividade regional (Fed Richmond). A votação da reforma da previdência ficou pra amanhã às 16hr.
As moedas pares apresentam valorização neste momento frente ao dólar (o dólar cai), à exceção da rúpia indiana, mas as oscilações são baixas. A lógica nos diz que teremos algum fôlego por aqui, mas ainda estamos ‘à mercê’ de fluxo (tem mais dólar saindo que entrando…).