De olho no mercado – 25 de março de 2020

De Olho no Mercado

Mercado mundial – Nos Estados Unidos, senadores dos partidos Republicano e Democrata e a Casa Branca chegaram na madrugada desta quarta-feira (25) a um acordo sobre um plano federal de estímulos de US$ 2 trilhões (R$ 10,2 trilhões) para aliviar as consequências da pandemia do coronavírus sobre a economia do país.

O plano, porém, ainda precisa ser detalhado e afinado e aprovado pelo Senado e Casa dos Representantes.

Ainda nos EUA Nesses últimos dias, membros do Congresso dos EUA andam procurando mais e mais estímulos para amenizar a crise financeira norte-americana. Dentre elas, dois projetos de leis emitidos chegaram a citar a criação de um “dólar digital” como uma de suas medidas.

”O termo “dólar digital” significa um saldo expresso como um valor em dólar que consiste em lançamentos contábeis digitais que são registrados como passivos nas contas de qualquer banco do Federal Reserve; ou uma unidade de valor eletrônica, resgatável por uma instituição financeira qualificada.” -Conselho de Governadores do Federal Reserve System

As principais Bolsas europeias iniciaram o dia 25 em alta, impulsionadas pelo anúncio do plano de ajuda econômico nos Estados Unidos para combater a crise da COVID-19.

o Dow Jones registrou o maior ganho percentual em um dia desde 1933. O índice subiu 11,37%, para 20.704,91 pontos. O S&P 500 avançou 9,38%, para 2.447,33 pontos e o Nasdaq Composite ganhou 8,12%, para 7.417,86 pontos. Os preços do petróleo terminaram no azul no mercado internacional, mas longe das máximas.

Japão – Pelo terceiro dia consecutivo as ações fecharam em alta no pregão de quarta-feira, com ganhos nos setores de Nikkei 500 Pulp & Paper, Nikkei 500 Railway & Bus e Nikkei 500 Real Estate, levando as ações a uma alta.

No encerramento em Tóquio, o Índice Nikkei 225 avançou 8,13%, mostrando uma rápida reação a crise.

A China suspendeu hoje (25) as drásticas restrições impostas por vários meses na província de Hubei, foco da pandemia do novo coronavírus que causou mais de 18 mil mortes em todo o mundo desde dezembro.

Nenhum caso de contágio local foi detectado nas últimas 24 horas no país, mas 47 “importados” do exterior foram registrados, informaram as autoridades nacionais de saúde.

 

Mercado brasileiro – O dólar operou o dia todo em queda, com o mercado cambial brasileiro acompanhando o exterior. A terça-feira (24) foi marcada por alta forte das bolsas, no mercado brasileiro, na Europa e nos Estados Unidos, em razão das crescentes medidas extraordinárias tomadas pelos governos para tentar limitar os efeitos da pandemia na atividade econômica. Com o clima um pouco mais favorável, o Banco Central interrompeu a sequência diária de leilões de dólares e hoje não fez intervenção no mercado – o real terminou o dia, no geral, em linha com outros emergentes. O dólar à vista fechou em baixa de 1,03%, a R$ 5,0820.

Na bolsa paulista viu-se uma recuperação técnica, com o Ibovespa fechando em alta de quase 10%, apoiado na melhora dos mercados externos, mas o cenário permanece volátil uma vez que continuam as dúvidas sobre o tamanho do dano causado às economias pelo Covid-19, mesmo após uma série de medidas tomadas no Brasil e no exterior.

O presidente Jair Bolsonaro, em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, falou sobre as restrições impostas por governadores para a circulação de pessoas para conter o avanço do coronavírus e chamou novamente a pandemia — que já matou 46 e infectou 2.201 pessoas no país– de uma “gripezinha”.

“O vírus chegou, está sendo enfrentado por nós e brevemente passará. Nossa vida tem que continuar. Os empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser preservado”, disse.

O discurso de Bolsonaro gerou duras reações, como a da OMS:

“Consideramos grave a posição externada pelo presidente da República hoje, em cadeia nacional, de ataque às medidas de contenção ao Covid-19. Posição que está na contramão das ações adotadas em outros países e sugeridas pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS).”

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