Mercado mundial
Recuperação do sentimento econômico da zona do euro ganha força em junho
A recuperação da confiança econômica na zona do euro se intensificou em junho após retomada modesta em maio, com melhora em todos os setores, mostraram dados da Comissão Europeia nesta segunda-feira.
A confiança geral subiu a 75,7 pontos em junho de 67,5 em maio, ainda aquém das expectativas do mercado de 80,0 e bem abaixo da média de 100 desde 2000.
O índice despencou em abril para o menor nível desde o início da série histórica em 1985 depois do fechamento de vários setores da economia.
A retomada em maio se deveu a ganhos na confiança da indústria e entre os consumidores. O aumento em junho foi visto em todos os setores, sendo os mais fortes no varejo e em serviços. Leia mais
Petróleo se estabiliza após temores de Covid-19 atingirem a perspectiva da demanda
Os preços do petróleo se estabilizaram depois de cair no fim de semana devido a temores de que a disseminação do coronavírus enfraqueça qualquer recuperação econômica global. Leia mais
Boicote de anúncios ao Facebook
O número de grandes anunciantes que boicotam as duas grandes plataformas de mídia social do Facebook (NASDAQ:FB) por causa de sua falha em lidar com a disseminação de discursos de ódio e desinformação continua aumentando.
No fim de semana, a PepsiCo (NASDAQ:PEP), a Starbucks (NASDAQ:SBUX) e o grupo de bebidas Diageo (LON:DGE) (fabricante de Guinness e Johnny Walker) disseram que retirariam seus anúncios das redes do Facebook, juntando-se às gigantes Unilever (LON:ULVR), Verizon (NYSE:VZ), Coca-Cola (NYSE:KO) e outras que deram o passo na semana passada.
As ações do Facebook, que caíram mais de 8% na sexta-feira, perdiam outros 2,3% nas negociações de pré-mercado nesta segunda. Leia mais
Mercado brasileiro
Mercado passa a ver Selic a 2% e queda de 6,54% do PIB em 2020
Nesta segunda-feira (29), o Banco Central divulgou mais uma edição do Boletim semanal Focus, trazendo como principal novidade uma nova queda nas estimativas para o crescimento da economia brasileira em 2020 e da taxa Selic no presente calendário. A exemplo da semana passada, os economistas voltaram a elevar a aposta do IPCA para o mesmo período. O cenário ainda mostra que a crise econômica do país por conta da pandemia da Covid-19 será bastante intensa.
PIB
Após a interrupção da queda na semana passada, a projeção do PIB brasileiro voltou a cair com uma leve baixa. A estimativa agora é uma queda de 6,54% do PIB em 2020, contra 6,50% da semana passada. Há quatro semanas, a projeção estava em -6,25%. Para 2021, a estimativa segue de crescimento em 3,50% e se manteve em 2,50% para 2022 e 2023.
Selic
O constante cenário de deterioração das projeções do PIB e IPCA – especialmente da inflação no próximo ano, horizonte da política monetária – motivaram a decisão de corte da Selic na reunião do Copom há duas semanas. Ao contrário da semana passada, os analistas seguiram a última decisão da autoridade monetária, esperando ainda um novo corte residual do afrouxamento monetário em 2,00% em 2020, conforme comunicado e ata da última reunião do Copom.
No entanto, as projeções do TOP-5, dos economistas que mais acertam o movimento da taxa básica de juros, projetam a Selic em 1,75%, com dois cortes de 0,25 ponto percentual.
Para 2021, os economistas mantiveram a projeção de Selic em 3%, de 5% para 2022 e de 6% para 2023.
Dólar
Em relação ao dólar, as apostas de 2020 foram mantidas R$ 5,20, após encerrar 2019 a R$ 4,0195. A moeda americana iniciou o forte período de volatilidade após o Carnaval, quebrando sucessivos recordes máximos de fechamento, chegando a se aproximar de R$ 6,00 em meados de maio.
Há quatro semanas, os analistas projetavam no Focus um dólar a R$ 5,40 no fim do ano. No ano que vem, as estimativas também foram mantidas em R$ 5,00, voltando à projeção de quatro semanas atrás.
Inflação
Os analistas, pela terceira semana consecutiva, elevaram a estimativa da inflação oficial de 1,61% da projeção da semana passada para 1,63%. Há quatro semanas, a aposta era de um IPCA a 1,55% no fim do ano. A aposta para o fechamento do ano-calendário segue abaixo do centro da meta de 4,00% e abaixo do piso da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Leia mais
Dólar continua a escalada e fecha a semana a R$ 5,46
A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) voltou a registrar perdas, ontem acompanhando as incertezas no mercado externo em relação ao processo de retomada econômica e ao aumento de casos de covid-19 nos Estados Unidos. E, como reflexo da desconfiança crescente em relação aos países emergentes, o dólar voltou a subir fortemente e terminou o dia sendo negociado perto de R$ 5,50. Leia mais