No último dia 27 de agosto, o site Money Times publicou informações da Archer Consulting -especialista em commodities – que dão conta que as usinas de cana-de-açúcar do Brasil já fixaram preços de açúcar para cerca de 22,5% da projeção de exportação referente à safra 2021-2022. Esse número representaria aumento de 5,7 pontos percentuais se comparado ao mês anterior. Este movimento de antecipação não tem precedentes no Brasil, segundo a consultoria.
As fixações na bolsa de Nova York foram feitas ao valor médio de USD 0,1219 por libra-peso, sem prêmio de polarização, contra USD 0,1207 do levantamento anterior.
Se levarmos em conta a estimativa de exportação brasileira em cerca 25 milhões de toneladas de açúcar para a safra 2021-2022, o percentual seria de 22.5% de fixação, percentual também sem precedentes em relação às safras anteriores no país, pois as usinas jamais se anteciparam dessa maneira para a fixação de uma safra com início ainda tão distante.
O valor médio da fixação é de R$ 1,447.60 por tonelada, equivalentes a R$ 0,6301 por libra-peso, incluído o prêmio de polarização em ambas. A estimativa é que no final do mês de julho parte da safra 2022-2023 também já estava fixada pelas usinas, algo como 5% em estimativas.
Independente da precificação estar acima ou abaixo do esperado, vale dizer que 25% das usinas está fixada em 46%, enquanto os 75% restantes estão fixadas em cerca de 15% (isso em razão de restrições de crédito e/ou contratuais).
A estimativa considera que a exportação brasileira de açúcar alcance 25 milhões de toneladas na próxima temporada.
Como os negócios externos têm sido impulsionados pelo câmbio e pela competitividade do Brasil com a depreciação do Real, estima-se que os números possam crescer rapidamente.
Vamos analisar o comportamento das commodities nos próximos dias, que tem relativa flutuação em suas negociações em função do câmbio.