De olho no mercado – 03 de outubro de 2019

De olho no mercado

MERCADO  Apesar de indicadores fracos divulgados na Europa nesta manhã, as bolsas da região e futuros de Nova York buscam uma recuperação, após dois pregões de fortes perdas ao redor 3% a 4%. Há pouco, os futuros de NY tinham alta moderada e as bolsas europeias também, com exceção de Londres, que estava em leve baixa. A Bolsa de Frankfurt está fechada por causa de feriado. Mais cedo foi revelado que o PMI de serviços britânico caiu para abaixo de 50, indicando contração. O PMI composto da Alemanha também está abaixo de 50 e no menor nível desde abril de 2013. Na zona do euro, as vendas no varejo subiram menos que o esperado. No radar seguem os temores de recessão nos Estados Unidos, de maior desaceleração global e com as relações comerciais entre EUA e China e também Europa. Ontem os EUA anunciaram que vão punir exportações da União Europeia com tarifas, como foi autorizado pela OMC, em razão de subsídios que o bloco concede à Airbus. O presidente dos EUA, Donald Trump, comemorou hoje como uma “boa vitória” a decisão da OMC. “Os EUA ganharam um prêmio de US$ 7,5 bilhões da Organização Mundial do Comércio contra a União Europeia”, disse Trump em sua conta oficial no Twitter.

BRASIL – No Brasil, o exterior pode trazer alívio, mas o ambiente político tende a sustentar alguma cautela. Após a derrota na votação dos destaques da reforma da Previdência em primeiro turno no Senado, na madrugada de ontem, a equipe econômica do governo quer salvar o restante da proposta para o segundo turno e impedir uma desidratação maior do texto. Uma das estratégias, pode ser editar uma Medida Provisória para definir a divisão dos recursos do megaleilão de petróleo do pré-sal, como querem os senadores. O leilão está marcado para o dia 6 de novembro e a resolução do impasse tem que ocorrer o quanto antes para não deixar os investidores na defensiva. A discussão entre governo e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) sobre a partilha de recursos entre os entes federativos, como a divisão dos recursos do megaleilão de petróleo do pré-sal, deverá ocorrer nesta quinta-feira. E após aprovação do texto-base na sessão desta terça-feira, 1.º, a Casa começa a contar nesta quinta o prazo de cinco sessões intersticiais necessárias antes de se votar o segundo turno da proposta. A área econômica também estaria avaliando a possibilidade de incluir as mudanças no abono salarial na chamada “PEC paralela”. A proposta paralela foi costurada pelo relator da reforma da Previdência, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), para propor mudanças no texto sem necessidade de a proposta principal passar por nova votação na Câmara, atrasando o cronograma. A PEC paralela deve tramitar com um delay de 20 a 30 dias em relação à principal, disse ontem Alcolumbre. O presidente do Senado, aliás, esteve em contato com o ministro da Economia, Paulo Guedes, ao longo de todo o dia. Guedes não gostou do resultado da votação dos destaques e Alcolumbre, por sua vez, passou o recado de insatisfação dos senadores, além de criticar a falta de articulação do governo.

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