De olho no mercado
Hoje é o grande dia: teremos as decisões dos juros do FED (15hr) e do COPOM (18hr)!
Quanto à reunião do FED, o que parecia certo ontem foi para o território da dúvida: segundo um monitoramento do CME Group, metade das apostas apontam para uma manutenção dos juros nos EUA. Mas os analistas em geral ainda mantém a projeção de corte de 0,25 pontos-base. O ponto mais importante será a entrevista coletiva que o presidente do BC americano dará mais tarde: devemos ficar de olho sobre os próximos passos (às 15:30).
Por aqui as apostas estão mais sincronizadas, apontando para uma queda da Selic de 0,50 pontos-base (a nova taxa passaria a ser de 5,5%aa).
Fora os eventos acima, no cenário local o dia será pautado pelos debates sobre a reforma tributária. Uma vez enterrada a volta da CPMF, o governo segue na busca de alternativas para bancar a desoneração dos tributos das empresas. No legislativo, o Senado realiza a quinta e última sessão para a discussão da PEC Paralela, que inclui alterações na Previdência, como a inclusão de estados e municípios.
Ontem o dólar fechou à R$ 4,07 (-0,30%) em dia de recuperação de todos ativos ao redor do mundo principalmente após o alívio referente aos eventos do final de semana (ataque aos dutos de petróleo na Arábia Saudita). Mas nos EUA tivemos uma operação de recompra de títulos no valor de USD 53 bilhões por parte do FED de NY, com o objetivo de garantir a liquidez (operação de “repos”). A última vez que isto tinha acontecido foi em 2008.
Lá fora neste momento o índice DXY sobe 0,18%, a 98,43 pontos, e o dólar sobe frente ao iene japonês. Já o euro recua 0,25% ante o dólar (USD 1,1047). Nas moedas ditas EM, o movimento é de queda generalizada da divisa norte-americana. Deve abrir de lado por aqui… de olho no FED.