Semana #31 – Resumo da Semana – De Olho no Mercado

 

Mercado mundial

Recuperação econômica global pode ser mais rápida se houver vacina contra Covid para todos, diz OMS

 

A recuperação econômica em todo o mundo pode vir mais rápido se uma vacina contra a Covid-19 for disponibilizada a todos como um bem público, afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, nesta quinta-feira.

 

“O compartilhamento de vacinas ou o compartilhamento de outras ferramentas efetivamente ajuda o mundo a se recuperar junto. A recuperação econômica pode ser mais rápida e os danos da Covid-19 podem ser menores”, disse Tedros.

 

Trump acusou a OMS de se tornar um fantoche da China –onde o surto de coronavírus surgiu pela primeira vez no ano passado– durante a pandemia de Covid-19, e avisou que os Estados Unidos sairão da agência dentro de um ano.

 

Os EUA são o maior doador geral da OMS e contribuíram com mais de 800 milhões de dólares até o final de 2019 para o período de financiamento bienal de 2018-19.

 

Mas Tedros, que negou que a OMS responda à China ou a qualquer outro país, disse ao painel que o principal dano da iniciativa do governo Trump de sair da agência não será a perda de financiamento.

 

“O problema não é o dinheiro, não é o financiamento … é realmente o relacionamento com os EUA. Isso é mais importante para a OMS – o vácuo, não o financeiro. E esperamos que os EUA reconsiderem sua posição”, declarou.

 

 

Mercado brasileiro            

Dólar tem leve alta em meio a tensões EUA-China; mercados aguardam dados de emprego

 

O dólar era negociado em leve alta contra o real no início desta sexta-feira, em torno de 5,35 reais em dia marcado por tensões entre Estados Unidos e China e expectativa em relação a dados de emprego norte-americanos que serão divulgados nesta sessão.

 

Às 9:07, o dólar avançava 0,25%, a 5,3560 reais na venda, enquanto o dólar futuro negociado na B3 ganhava 0,39%, a 5,3595 reais.

 

Na véspera, o dólar spot fechou em alta de 0,93%, a 5,3429 reais na venda.

 

Nesta sexta-feira, o Banco Central fará leilão de swap tradicional de até 10 mil contratos com vencimento em novembro de 2020 e março de 2021.

 

Vamos anunciar 3 a 4 grandes privatizações em até 60 dias, reitera Guedes

 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira que o governo irá anunciar nos próximos 30 a 60 dias a privatização de 3 a 4 grandes companhias, sem revelar o nome das empresas.

 

O ministro disse, acreditar que o Congresso dará seu apoio às privatizações, complementando que o presidente Jair Bolsonaro já concorda com as operações.

 

Há um mês, Guedes já havia dito que três ou quatro grandes privatizações estariam no radar do governo para serem tocadas neste ano.

 

À época, ele também não abriu o nome das companhias, mas avaliou que este seria um “excelente ano” para as subsidiárias da Caixa Econômica Federal (CEF) fazerem uma “grande” oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no valor de 20 bilhões de reais a 50 bilhões de reais, “bem maior até” que uma Eletrobras (SA:ELET3), segundo ele.

 

Nesta quinta-feira, o ministro pontuou que as estimativas do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) estão agora melhorando para uma contração pouco acima de 4% este ano, ante projeções que chegaram a se aproximar de uma queda de dois dígitos.

 

“Até o final do ano, já devemos estar de volta”, afirmou Guedes.

 

Para 2021, ele afirmou que a ideia será reduzir dramaticamente as despesas, que foram afetadas neste ano pelas medidas extraordinárias para o enfrentamento à pandemia.

 

Ele estimou que o PIB poderá subir 3%, 3,5%, 4% no ano que vem e disse que o foco será ir mais fundo e mais rápido nas reformas econômicas.

 

Queda da Taxa Selic para 2%

 

A redução da taxa Selic (juros básicos da economia) para 2% ao ano era esperada e resulta da baixa inflação, que está abaixo do nível mínimo da meta (2,5%) no acumulado de 12 meses. Essa é a avaliação de entidades do setor produtivo, que consideram positivo o corte de 0,25 ponto percentual anunciado hoje (5) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

 

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que a manutenção da inflação em níveis baixos permite que o Copom continue a cortar os juros nas próximas reuniões para estimular o consumo e o investimento em meio e conter os impactos da crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus.

 

“A continuidade do afrouxamento monetário deve contribuir para a queda no custo do crédito. Neste momento, de intensa necessidade de financiamento por parte das empresas, para a manutenção dos empregos e para o pagamento de despesas fixas, o crédito pode ser determinante entre uma empresa abrir ou fechar suas portas nos próximos meses”, informou, no comunicado, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

 

Na avaliação da CNI, a retração da atividade econômica, que provocou a queda nos preços de diversos bens e serviços, abriu espaço para que a Selic fosse reduzida sem ameaçar o cumprimento da meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

 

ACSP

Para a Associação Comercial de São Paulo, o Banco Central agiu de forma esperada e compatível com a realidade econômica ao reduzir a taxa Selic. A entidade destacou que os juros baixos barateiam o crédito, o que é fundamental para estimular o consumo e dar fôlego às empresas afetadas pela pandemia.

 

“A inflação está sob controle e o ritmo da economia ainda é extremamente lento. Assim, a redução dos juros é um estímulo a mais para a retomada”, destacou o presidente da ACSP, Alfredo Cotait, em comunicado.

 

Firjan

Em nota divulgada há pouco, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) considerou acertada a redução para 2% da taxa de juro básica Selic, diante dos efeitos da pandemia do novo coronavírus. Para a entidade, ainda existe muita capacidade ociosa na economia que justifica o estímulo monetário.

 

“A despeito dos dados divulgados em junho darem sinais de que a economia começa a reagir, entendemos que os efeitos da pandemia são devastadores, levando as empresas brasileiras ao maior nível de ociosidade da história. Não por acaso, a prévia da inflação de julho veio abaixo das estimativas esperadas pelo mercado, o que reforça essa decisão do Comitê”, ressaltou o texto.

 

A federação defendeu que o governo deve seguir adotando medidas que estimulem a retomada da economia, aliadas à política monetária. Na avaliação da Firjan, a continuidade da agenda de reformas estruturais “será fundamental para o crescimento sustentável e a manutenção das expectativas [de inflação] dentro da meta”.

 

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