De olho no mercado resumo da semana
Mercado internacional – A semana começou com os temores sobre as consequências da morte de um importante comandante militar iraniano.
O Irã já havia prometido vingar a morte de Qassem Soleimani, morto em um ataque aéreo dos EUA. O presidente dos EUA, Donald Trump, alertou para uma “grande retaliação” caso Teerã reagisse, aprofundando uma crise que aumentou os temores de um grande conflito no Oriente Médio.
O ataque do Irã acabou acontecendo contra duas bases aéreas utilizadas por tropas americanas no Iraque. Deixando os investidores ao redor do mundo preocupados.
A Petrobras e outra grande empresa do setor, a Bahri, suspenderam atividades de navegação pelo Estreito de Ormuz, que é uma via navegável entre o Golfo Pérsico e o Oceano Índico, onde cerca de 20% do suprimento mundial de petróleo é escoado.
A tensão reduziu após as declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, apontarem para o fim das crescentes tensões entre EUA e Irã. A decisão do presidente Trump de optar por impor novas sanções econômicas ao Irã ao invés de pedir uma ação militar levou ao fim o tom de risco nos mercados.
Nesse momento, os mercados parecem ter virado a página sobre o episódio.
A semana terminou com a expectativa de que os governos da China e EUA finalmente encerrassem suas divergências comerciais que já duram alguns meses, permitindo que as duas potências econômicas voltassem a negociar novamente.
Essa expectativa parece se confirmar pelas notícias de que o principal negociador comercial do presidente chinês Xi Jinping viajará a Washington no início da próxima semana, para assinar um acordo comercial com os EUA.
Mercado Brasileiro – Com os acontecimentos internacionais, especialistas do mercado não descartaram que o dólar voltasse a se aproximar mais dos R$ 4,10 nesta semana.
Na terça feira dólar atingiu a casa do R$ 4,08, de olho no cenário externo em meio a tensões entre os EUA e o Irã.
O governo brasileiro avaliava de compensação à Petrobras (SA:PETR4) para evitar alta dos combustíveis – Governo analisou medidas para que o país não fique refém das crises internacionais que impactam no valor do óleo e, consequentemente, nos preços dos combustíveis no mercado interno. Uma das opções discutidas seria a criação de um fundo de compensação para a Petrobras.
O dólar caiu 1%, primeira queda em relação ao real nesse novo ano. A taxa de câmbio se depreciou em todas as quatro primeiras sessões do ano no Brasil, mas na quarta-feira (Dia 8 de Janeiro), finalmente teve alta de 0,3%, depois do discurso já mencionado do presidente Donald Trump, reduzindo os riscos de escalada adicional de tensões com o Irã.
Já na última sexta-feira (Dia 10), o dólar operou em queda, diante desse alívio nas tensões no Oriente Médio e sinais de recuperação econômica e com a expectativa da assinatura do acordo comercial com os Estados Unidos nesta semana. No início da manhã 10h09, a moeda norte-americana caía a 0,24% e era vendida a R$ 4,0754.