Ep. #002 – Semana #02 – De Olho no Mercado

De olho no mercado resumo da semana

Mercado Mundial – A expectativa da semana foi a assinatura da primeira fase do acordo comercial e assim diminuir a tensão da guerra comercial entre EUA e China.

O comércio exterior da China se recuperou bem acima das expectativas em dezembro, quando as empresas correram para cumprir o prazo para tarifas mais altas de importação nos EUA. As exportações cresceram 7,6% em relação ao ano anterior, enquanto as importações aumentaram ainda mais impressionantes 16,3%.

A pressa de atender as demandas antes do prazo tarifário sugere que as exportações poderão recuar acentuadamente em janeiro e fevereiro, quando podem ser esperadas as quedas adicionais devido às comemorações do Ano Novo Chinês.

Na noite de terça-feira, o secretário do Tesouro Steven Mnuchin havia dito à Reuters que não haveria mais cortes tarifários sem mais concessões para a China, lembrando aos mercados que a rivalidade subjacente entre os dois países e preocupações específicas sobre roubo e subsídios de propriedade intelectual da China provavelmente não desaparecerão.

Finalmente a “fase 1” do acordo comercial foi assinado em uma cerimônia em Washington. Com a primeira fase assinada as expectativas se direcionaram para as discussões sobre a ‘fase 2’ do acordo comercial com a China e o pacote de corte de impostos prometido pelo governo americano para este ano.

A economia da China cresceu no ritmo mais lento em 30 anos. O Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 6,1% em 2019, ante 6,2% em 2018, enquanto a taxa de crescimento anualizada caiu para 6,0% no quarto trimestre. Embora os números não apontem para uma recuperação acentuada da economia chinesa este ano, eles parecem acrescentar peso aos argumentos de que o pior dos efeitos da guerra comercial com os EUA já acabou.

Os dados chineses devem elevar as ações dos EUA a novos recordes novamente nesta sexta-feira, já tendo feito o mesmo pelos mercados de ações europeus.

A estimativa para o IPCA no fim do ano sofreu uma redução na projeção de analistas de mercado ouvidos pelo Banco Central na edição do Boletim Focus no início da semana, mantendo as estimativas de crescimento da economia brasileira. Também sofreu alteração a aposta do dólar no fim do ano e o período de extensão do ciclo de alta da taxa Selic nos próximos anos.

Em relação ao dólar, as apostas de 2020 foram reduzidas de R$ 4,09 para R$ 4,04, após encerrar 2019 a R$ 4,0195. Há quatro semanas, os analistas projetavam um dólar a R$ 4,10 no fim do ano. No ano que vem, as estimativas estão em R$ 4,00, mantendo as projeções há oito semanas.

O mercado doméstico avalia o volume de serviços no País, medido pelo IBGE, para calibrar o cenário de atividade e apostas para a Selic. Ainda, deve repercutir a coletiva de imprensa do Ministério da Economia, com estimativas de PIB e inflação. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que o governo vai retomar a agenda de reformas até fevereiro.

Na parcial do mês, o dólar tem valorização de 2,99% sobre o real.

A Embaixada dos EUA em Brasília e um porta-voz do Departamento de Estado americano afirmaram em nota que “os EUA querem que o Brasil seja o próximo país a começar o processo de adesão para a OCDE. A posição foi formalizada na quarta-feira, 15, em reunião do Conselho da OCDE com representantes dos países membros, em Paris. O presidente Bolsonaro destacou ainda que essa intenção dos EUA sinaliza que o mundo está recuperando a confiança no Brasil.

O mercado de câmbio pode se manter volátil em meio ao dólar misto no exterior e preocupações com o ritmo de crescimento interno, apesar do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) ter vindo melhor que o previsto, com crescimento de 0,18% em novembro.

Nos primeiros 11 pregões deste ano o dólar caiu apenas em dois dias, acumulando alta de 4,4% até o fechamento dessa quinta-feira. Com isso, o real se mantém com o pior desempenho ante a divisa dos Estados Unidos em uma lista de 34 moedas fortes e emergentes.

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