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O efeito da pandemia nos intercâmbios estudantis

Com as medidas de isolamento social, e o fechamento das fronteiras, o mercado brasileiro de intercâmbios foi mais um setor atingido em cheio pelos efeitos da pandemia. Segundo a Associação de Agências de Intercâmbio do Brasil (BELTA), o mercado terminou o ano de 2019 em alta, com cerca de 460 mil viajantes estudando em outros países. No fim de 2020, a estimativa é de que o setor tenha conquistado menos da metade dos negócios realizados no ano anterior. Com a vacinação avançando, o momento é de esperança e cautela, mas, como muitas fronteiras ainda estão fechadas para brasileiros, estudar fora se tornou uma decisão ainda mais desafiadora.

 

Com o horário de atendimento reduzido nas embaixadas, o primeiro desafio é a obtenção de visto. Acompanhar a situação da pandemia no país onde pretende estudar é outra saga para quem ainda mantém vivo o sonho de dar um upgrade na própria carreira. Muitos que tiveram que postergar o sonho de estudar fora, e se animaram com a reabertura econômica, anunciada no final do ano passado, conseguiram entrar como estudante em alguns países. Mas, com a chegada da segunda onda, ainda não conseguiram viver a experiência acadêmica cem por cento, pois as aulas se tornaram online e a convivência presencial com outros estudantes foi adiada. Mesmo assim, celebram a possibilidade de exercerem alguma atividade remunerada no exterior, o que não deixa de ser uma boa experiência.

 

Na tentativa de atrair quem não desistiu do sonho, as agências de intercâmbio estão oferecendo condições mais flexíveis, como gratuidade para os que tiverem necessidade de remarcar passagens e aulas e, até mesmo, congelamento de valores para pacotes realizados em 2021, ainda mais considerando a alta do dólar. Outras agências chegam a oferecer 100% de bolsa para cursos de curta duração. Algumas instituições de ensino parceiras que tiveram que adiar seus cursos presenciais também estão ministrando cursos de inglês online para dar ao aluno que ficou no Brasil um gostinho de estudar com colegas de várias partes do mundo, mesmo que virtualmente.

 

Segundo a BELTA, no início de junho, Alemanha, Austrália, Argentina, Espanha, França, Itália, Reino Unido e Suíça seguiam com fronteiras fechadas para brasileiros. Os Estados Unidos liberaram a entrada de estudantes brasileiros com visto válido, assim como Portugal, desde que respeitadas as regras sanitárias de cada país para viagens com essa finalidade. Com os destinos mais procurados fechados, outras regiões, como Malta, na Europa, e os Emirados Árabes Unidos passaram a ganhar espaço nesse mercado. Caso o aluno não tenha decidido em qual país estudar, vale ficar atento a essas novas possibilidades.

 

Enfrentadas todas as dificuldades impostas pela pandemia, o “novo normal” requer cuidados básicos. Antes de embarcar, é preciso fazer o teste da Covid. Depois, a cautela indica contratar um bom seguro viagem para garantir atendimento médico, caso haja necessidade. Depois, basta cumprir a quarentena exigida no país destino e seguir todas as regras impostas pelas autoridades sanitárias locais.

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