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Se você é interessado em tecnologia, naturalmente já ouviu falar da Internet das Coisas, ou Internet of Things (IoT), mesmo que de maneira superficial. Trata-se de uma revolução tecnológica, que tem como principal objetivo conectar os dispositivos que utilizamos no dia a dia à rede mundial de computadores. Cada vez mais, itens como eletrodomésticos, veículos e até peças de vestuário estão conectadas à Internet e a outros aparelhos, como smartphones e notebooks.
Para se ter uma ideia do impacto dessa revolução em nossas vidas, estima-se que cada ser humano esteja rodeado por até cinco mil objetos, em média. Além disso, segundo a consultoria Gartner, já temos no mundo aproximadamente 26 bilhões de dispositivos com um sistema de conexão IoT (Dados de 2020).
A Internet das Coisas pode ser ainda mais abrangente e trazer benefícios para o campo dos negócios, já que consegue proporcionar às empresas novas formas de conduzir e monitorar operações remotas. Essa tecnologia permite às companhias ver e ouvir, para que possam alimentar constantemente informações em aplicativos e armazenar dados, não importa quão distante estejam. Além disso, o decrescente custo destes dispositivos já possibilita o crescimento de operações desta natureza.
Com a Internet das Coisas, também é possível reunir percepções sobre eventos anteriormente invisíveis, como por exemplo, correlacionar padrões climáticos com a produção industrial ou até mesmo o perfil de clientes com o consumo do varejo.
E quando pensamos no nosso dinheiro, ele se enquadra em algum campo desta nova tecnologia?
Vamos lá. Sempre que movimentamos valores, enviamos uma informação. Para pagar uma conta, comprar um imóvel ou até mesmo investir é preciso transacionar dinheiro, o que significa mandar uma informação para outra pessoa ou empresa. A partir deste ponto de vista, a moeda se enquadra perfeitamente numa revolução similar, conhecida como Internet dos Valores, ou Internet of Value (IoV)
A Ripple, uma das precursoras do blockchain no mundo, foi quem conceituou este movimento. Ele prevê uma internet em que valores sejam transferidos com a mesma facilidade, economia e confiabilidade com a qual dados e informações são transferidos atualmente.
A tecnologia blockchain se apoia justamente nesta visão, facilitando o acesso à infraestrutura de transferência de valor. Uma rede confiável com protocolos bem definidos, proporciona que a IoV prospere e traga a verdadeira liberdade para o trânsito do dinheiro e informações entre pessoas, não importa em que lugar do mundo estejam.
E quanto maior for esta rede, mais rapidamente incorporaremos ao nosso cotidiano esta nova realidade: A Internet dos Valores e suas informações, como os verdadeiros ativos do século XXI.
Acredito que esta será a grande revolução na distribuição dos recursos financeiros ao redor do mundo, sem intermediários, que geralmente tornam os processos engessados e caros. Ao abraçarmos a tecnologia, tanto na internet das coisas quanto dos valores, aceleramos a democratização dos serviços financeiros no mundo inteiro.
Bem-vindos ao futuro!