Blog de Frente

O Futuro do Câmbio ep.003 – A nova cara do câmbio pós pandemia

O brasileiro é um povo reconhecido pela criatividade. E grande parte desta criatividade foi desenvolvida para superar inúmeras barreiras e dificuldades que enfrentamos desde sempre em viver em um país que nos força a nos reinventarmos constantemente. Já tivemos regimes políticos e diversas crises econômicas, muito fortes especialmente nas décadas de 80 e 90, passando por diversos planos econômicos, mudança de moedas e até mesmo de regime político.

 

Hoje, temos que passar por mais uma adversidade. A crise mundial instalada pela propagação do COVID-19 reforçou a dificuldade, em um país que já vem enfrentando uma sequência difícil de praticamente 6 anos de crise econômica. Esta crise, que trouxe como consequências uma séria de limitações, especialmente na locomoção mundial – viagens de negócios, turismo, eventos, entre outros, agravam as dificuldades e aumentam o desafio do segmento de câmbio, acelerando um processo de declínio especialmente no câmbio turismo, voltado quase que exclusivamente para a venda de papel moeda e cartões pré-pagos para viajantes.

 

O modelo deste negócio em geral e composto por lojas de cambio situadas em Shoppings Centers, onde o cliente efetua a compra e venda no balcão, está praticamente ultrapassada, pois além de uma operação cara e de complexa gestão, não oferecer uma experiência agradável e cômoda ao cliente. Neste modelo de negócio, a moeda estrangeira é comprada através de bancos que importam o dinheiro e depois distribuem para as corretoras. Além disso, temos neste mercado a figura do correspondente cambial, que viram a terceira parte no processo. Estes em geral compram de uma corretora, reduzindo cada vez mais a rentabilidade da operação e obrigando o volume negociado ser muito alto para valer a pena.

 

Dado toda a situação atual, notamos que a maioria dos players deste mercado seguem muito atrasados e talvez não consigam reverter rapidamente a atual situação. O mercado pede uma reinvenção e a retomada dos negócios seguirão as novas tendências, especialmente de digitalização das relações. Toda esta situação irá trazer à tona e destacar as empresas que já iniciaram um trabalho de fundamentos e que já vinham investindo em tecnologia. No caso da Frente Corretora, investimos na construção de uma plataforma que está no are mudo completamente a forma de fazer câmbio no Brasil.

 

Nossa tecnologia para pequenas remessas que usa Blockchain como protocolo de transmissão das informações, proporciona um envio de forma muito rápida, segura e com baixíssimo custo. Tudo isso está à disposição de qualquer empresa do segmento, pois acreditamos também na colaboração como forma de gerar receita aos independentes e “desbancarizar” esta relação. Para que se tenha uma ideia, uma remessa de US$ 1.000 em grandes bancos pode custar US$ 40 somente em tarifas, o que no nosso caso é ZERO.

 

Outro ponto que nossa plataforma é muito útil atualmente é a nossa nova funcionalidade de Recebimentos. O foco em clientes que tem recurso no exterior tem ido muito forte e incentivamos a repatriação através da nossa tecnologia para aproveitar o real desvalorizado.

 

O principal ponto deste momento é que PRECISAMOS REINVETAR NOSSOS MODELOS DE NEGÓCIOS. Fazer câmbio comercial será a sobrevivência deste mercado por muito tempo, quem não estiver preparado com uma equipe dedicada ao câmbio comercial, conhecimento técnico nos aspetos documentais e regulatório das operações de exportação, investimentos, entre outros, terá grandes dificuldades em seguir com a mesma performance neste mercado difícil, desafiador e que, talvez, jamais volta à sua forma original.

 

Aqui, defendemos a união do melhor dos dois mundos. Experiência de Corretora e Inovação de Fintech. E apostamos nisso para os próximos anos do setor.

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