Resumo da Semana – De Olho no Mercado
Mercado Mundial – A semana começou com fechamento dos mercados nos Estados Unidos por causa do feriado do Dia do Presidente 17 fev. A moeda americana operou sem direção única no exterior em relação a divisas principais e emergentes com investidores reavaliando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 no Brasil.
Ainda na segunda-feira, o Banco do Povo da China (PBoC) injetou no sistema bancário 200 bilhões de yuans (US$ 28,62 bilhões) e reduziu os juros de 3,25% para 3,15%, com o objetivo de ajudar a economia a contornar a epidemia de coronavírus. Também injetou 100 bilhões de yuans através de contratos de recompra reversa de sete dias, com juro inalterado em 2,4%.
A China, concederá isenções em tarifas retaliatórias adotadas contra 696 produtos dos Estados Unidos, o alívio tarifário mais substancial a ser oferecido até agora, uma vez que Pequim busca cumprir os compromissos assumidos em seu acordo inicial com os Estados Unidos. O anúncio aconteceu na terça-feira e após a Fase 1 do acordo comercial entre os dois países ter entrado em vigor em 14 de fevereiro e marca a terceira rodada de isenções tarifárias que a China oferece sobre produtos dos EUA.
O bilionário ex-prefeito republicano de Nova York, Mike Bloomberg, lançou uma blitz na mídia no início desta semana. A campanha de Bloomberg disse na quarta-feira que ele venderia sua empresa de informações financeiras – avaliada em cerca de US$ 60 bilhões – se eleito. Nesse mesmo dia aconteceu o primeiro debate onde o democrata recebeu uma série de ataques. A as eleições americanas acontecerá somente em novembro, mas já estamos de olho.
A atividade empresarial na zona do euro acelerou mais do que o esperado este mês, mostrou nesta sexta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), em uma boa notícia para autoridades do Banco Central Europeu que buscam reanimar o crescimento e a inflação baixa. O PMI Composto preliminar da zona do euro subiu a 51,6 em fevereiro de 51,3 em janeiro, superando todas as expectativas em pesquisa da Reuters cuja projeção era de uma leitura de 51,0. Número acima de 50 indica crescimento.
Mercado Brasileiro – o Mercado Financeiro aumenta o pessimismo com o crescimento do PIB em 2020, frustração com o resultado de indicadores setoriais e com índice de atividade do Banco Central leva mercado financeiro a reduzir projeções sobre crescimento do país neste ano. Efeito da epidemia do coronavírus na economia global pode provocar novas revisões.
O Banco Central ofertou na terça-feira até 13 mil contratos de swap tradicional com vencimento em agosto, outubro e dezembro de 2020, para rolagem de contratos já existentes.
O Banco Central informou na quinta-feira que reduziu a alíquota do recolhimento compulsório sobre recursos a prazo de 31% para 25%, segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira. De acordo com o BC, a redução da alíquota representa em termos de estoque uma liberação de 49 bilhões de reais, com efeito a partir de 16 de março.
Mesmo com as ações do banco central o dólar avançou contra o real durante toda a semana e na abertura desta sexta-feira, superando a marca de 4,40 reais pela primeira vez na história às vésperas do Carnaval, em meio à aversão a risco no exterior e após comentários do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o câmbio.
O dólar futuro de maior liquidez registrava alta de 0,11%, a 4,400 reais.
O índice Ibovespa Futuros inicia a sessão desta sexta-feira com perdas de 0,81% aos 114.200 pontos, com o dólar comercial somando 0,22% a R$ 4,4031, nova máxima intradiária. Os mercados seguem atentos ao nível de transmissão do Covid-19 e os impactos que o surto do podem trazer para economia global, além dos resultados da temporada local de balanços com destaque para os números da Vale (SA:VALE3).