Abertura em 17.06:
USD: 5,3757 – EUR: 5,7530
Mundo
Com os números de inflação abaixo do esperado nos Estados Unidos, a última semana trouxe uma nova expectativa para o mercado americano, ratificando a possibilidade de dois cortes de juros que o mercado vinha precificando. Esses dados resultaram na valorização do dólar em relação a outras moedas, bem como na desvalorização do euro e do iene.
A queda do euro está relacionada principalmente aos problemas políticos na França e ao crescimento do movimento de extrema-direita no continente. Com a escalada desse movimento, estabelece-se um impasse dentro do bloco europeu, e o euro se enfraquece. Isso ocorre porque a extrema-direita possui uma linha de pensamento que diverge da ótica centrada em uma comunidade europeia unificada, afetando também a unificação da moeda.
Enquanto isso, na América Latina, especificamente no México, o movimento é contrário, devido à tensão com a nova presidente do país e seu posicionamento de extrema-esquerda.
Brasil
Em vista dos fatores internacionais, observamos países emergentes sofrendo com a pressão do dólar. No Brasil, esse movimento ocorre de forma mais acelerada. Nesta semana, podemos trabalhar o dólar aproximadamente entre R$ 5,37 e R$ 5,40. No cenário brasileiro, vemos o governo enfrentando dificuldades diante do Congresso e do Senado para aprovar algumas medidas de arrecadação. O Senado tem se mostrado contrário ao governo, mantendo a oneração da folha de pagamento, com um movimento de corte de gastos governamentais visando a melhoria fiscal e a manutenção da meta fiscal, buscando um déficit zero.
Esse contexto influencia bastante o momento atual, gerando um certo pessimismo, principalmente entre os investidores estrangeiros. Essa percepção de risco pode elevar o dólar a um patamar mais alto, dado que o governo terá dificuldade em lidar com a questão fiscal.
Vamos trabalhar com o dólar entre R$ 5,37 e R$ 5,40, uma faixa mais ampla, mas o mercado ainda está muito volátil. Um fator que pode gerar movimentação nesta semana é a decisão de juros do COPOM. Caso haja um cenário surpreendente, além do corte de 0,25%, isso indicará que o COPOM está sofrendo pressão política e sucumbiu a ela.
Na quarta-feira, teremos o dia mais importante da semana, devido à decisão do COPOM. Além disso, devemos considerar outro ponto: o feriado nos Estados Unidos no mesmo dia (19/06) da decisão do COPOM. Sem mercado de ações e dólar nos EUA, a liquidez pode ser afetada, tornando o COPOM um pouco mais influente nesse dia.