Blog da Frente

Visão de Mercado com Fabrizio Velloni – Semana 22.07.2024

Abertura em 22.07: 

USD: 5,5911 – EUR: 6,0896

Brasil

Essa semana começamos com uma desvalorização de meio por cento no dólar, após um forte corrida de alta na sexta-feira, influenciado pelo cenário externo e pelas incertezas fiscais no Brasil. A falta de uma definição clara sobre o fiscal ainda gera muita especulação sobre como o governo conseguirá cumprir suas metas fiscais.

Outro ponto importante é o fluxo de capital estrangeiro. Este ano, o Brasil tem visto uma saída significativa de investidores estrangeiros. No dia 18, houve uma forte entrada de capital, o que pode indicar uma tendência ou ser apenas um evento isolado. Investidores internacionais estão atentos à Bolsa dos Estados Unidos, que alcançou máximas recentes e pode sofrer correções.

A valorização do dólar em relação ao real também torna o Brasil mais atrativo para investimentos. No cenário nacional, a desvalorização do real é impulsionada pela incerteza fiscal. A falta de segurança sobre as políticas fiscais e tributárias do governo gera especulação e instabilidade no mercado.

Mundo

O mercado internacional continua observando atentamente a política econômica chinesa. Recentemente, a China cortou as taxas de juros, indicando a preocupação do governo com a falta de resposta da economia aos estímulos implementados. Este corte é uma tentativa de acelerar o crescimento econômico. Esta ação beneficia indiretamente o Brasil, um dos maiores exportadores de commodities, especialmente minério de ferro, gerando um aumento no preço dessa categoria.

Com todos esses fatores, espera-se volatilidade no mercado cambial ao longo da semana. Prevemos que o dólar trabalhe dentro de uma faixa entre R$ 5,50 e R$ 5,55, uma banda mais larga devido às diversas variáveis ainda em jogo. A desistência de Joe Biden nas eleições dos EUA fortalece ainda mais a candidatura de Donald Trump, o que já causou reações no mercado com a valorização do dólar.

Nos próximos dias, o mercado financeiro estará focado nas movimentações do cenário político e econômico internacional, bem como nas políticas fiscais internas do Brasil. A instabilidade e a incerteza continuarão a influenciar as taxas de câmbio e a volatilidade do mercado. É essencial acompanhar de perto essas mudanças para se adaptar às novas condições econômicas.

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