Abertura em 24.06:
USD: 5,43 – EUR: 5,8277
Brasil
Na última semana o real perdeu valor de mercado em relação ao dólar, mas também outras moedas. No caso do real, a grande questão são as definições do cenário interno no Brasil. Depois da reunião do COPOM, na quarta-feira, houve um acordo de 9 votos a zero para manter a taxa de juros, como era esperado pelos especialistas. Essa decisão unânime acalmou o mercado, evitando qualquer tipo de pressão política sobre a decisão.
Com todos os membros votando pela manutenção dos juros, o dólar escalou para R$ 5,40. Em seguida, surgiram críticas principalmente após a reunião da cúpula do partido e do presidente da república sobre os juros. O que também gerou impacto foi a postura do Ministro da Economia, Fernando Haddad, sobre a arrecadação e a tentativa de aumentá-la. Essa movimentação agitou o mercado, fazendo o dólar beirar R$ 5,45.
Entende-se que será difícil para o Brasil cumprir sua meta fiscal, e o ministro Haddad vem sofrendo pressões do partido político. Isso se deve ao fato de que a ideologia que ele vem aplicando acaba discordando da ideologia do seu partido. Dessa forma, há um aumento de pressão cada vez mais forte, tanto no Banco Central quanto no ministro da economia.
Em breve, o Congresso entrará em recesso, e não há uma expectativa de curto prazo do governo para qualquer tipo de vitória em relação à pauta tributária. Esse seria um caminho para aliviar a pressão sobre o Ministro Haddad.
A visão do real em relação a outras moedas acaba contabilizando muito em cima do Brasil, sinalizando juros mais baixos em relação ao risco que se tem por esse cenário fiscal degradado.
Estados Unidos
No cenário externo, houve uma melhora efetiva em relação ao ânimo dos Estados Unidos com os dados da inflação vindo um pouco abaixo do esperado. Ainda assim, refletiu no mercado. Nesta semana, saem mais dados de inflação nos EUA que tendem a influenciar também o mercado brasileiro.
Com essa soma de fatores, o dólar deve oscilar entre R$ 5,38 e R$ 5,44, uma banda um pouco mais ampla.